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Open House Porto abre 60 espaços à visita dos cidadãos e lança reflexão sobre as cidades do futuro

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Victoria Thornton, a mentora internacional do conceito Open House, participou hoje na apresentação do Open House Porto, que acontece já nos próximos sábado e domingo e tem a Câmara do Porto como parceiro estratégico, e aludiu a um estudo internacional sobre este fenómeno para destacar a importância de termos "cidades bem desenhadas, mas habitáveis".

A propósito das 60 construções de interesse arquitetónico que vão abrir as portas à visita gratuita do público, nas três cidades de Frente atlântica - Porto, Gaia e Matosinhos - a britânica apontou que se trata de oferecer "uma experiência física, mas não só", pois o Open House Porto constitui uma oportunidade para "estabelecer o diálogo entre os visitantes e entre estes e quem desenha, constrói e habita os espaços".

Por isso, e também porque serão realizados debates que não se limitam à temática restrita da arquitetura, Victoria Thornton sublinhou o objetivo destes eventos: "lançar a reflexão sobre que cidades estão a ser ou devem ser construídas para o futuro". 

O conceito, iniciado há 25 anos em Londres, mas que hoje abrange 36 cidades do Reino Unido à Austrália, da Índia ao México, está assim de volta para a 3.ª concretização sob o nome Open House Porto e tem desta vez como comissários os arquitetos Paula Santos e Ivo Poças Martins.

Além de voltar a apostar no programa para as famílias e nos passaportes para crianças, o evento integra projetos paralelos, como é o caso da articulação com a PianoPorto, maratona de piano que decorre também no fim de semana.

Além disso, o roteiro dos 60 espaços visitáveis inclui já o antigo edifício da Real Vinícola, em Matosinhos, que está em obras para acolher em breve a Casa da Arquitectura (CA). Foi mesmo o local escolhido para a sessão de apresentação de hoje e Nuno Sampaio, da comissão executiva da CA, mostrou o seu agrado por o espaço fazer agora parte do Open House Porto. É que tanto o evento como a CA têm como prioridade "levar a arquitetura aos cidadãos". Ou, como frisaram os comissários, tendo em conta que "a aquitetura é o que define e distingue as cidades", torna-se "necessário que a sociedade tome consciência da importância da arquitetura".

Nesse sentido, o programa da edição deste fim de semana contempla a repetição de alguns espaços já anteriormente incluídos, desde logo obras fundamentais de Álvaro Siza e Souto Moura, e outras como a Casa da Música e a Casa de Serralves. Contempla igualmente infraestruturas enquanto base do funcionamento das cidades (estações do Metro e a Torre da PT, por exemplo), mas também obras de escolha particular dos comissários, que abrange tanto as contemporâneas como as de outras épocas.

"Tivemos a preocupação de escolher não só obras destinadas ao turismo, mas também as de investimento privado que têm vindo a transformar as cidades em permanência". O I3S (pólo da Asprela), o Hospital do Conde de Ferreira, a Quinta da Prelada, a Faculdade de Economia do Porto, o Paço Episcopal e o Cemitério do Prado do Repouso são apenas alguns da lista de espaços que abrem as portas em modo gratuito, no fim de semana, vários dos quais com acesso para cidadãos com mobilidade reduzida.

Saiba mais pormenores sobre o evento, nomeadamente o Programa Caleidoscópio e o Programa Plus , e veja como funcionam as visitas.

+Info: www.openhouseporto.com