Alumia é o novo programa de dinamização cultural para o Centro Histórico
Notícia

Pode a luz transformar um espaço? Dar mais vida ao seu
património? Pode a cidade cinzenta, granítica, celebrar com luz o seu Centro
Histórico?
Depois do Manobras e do Locomotiva, o Centro Histórico do
Porto volta a ser o território de intervenção e inspiração para um novo
programa de dinamização cultural promovido pela Câmara do Porto, a desenvolver
entre dezembro de 2016 e junho de 2017.
Cofinanciado por fundos comunitários, no âmbito do programa
Operacional Norte 2020, o projeto tem como mote a efeméride dos 20 anos da
classificação do Centro Histórico do Porto como Património Mundial, que se
assinala a 5 de dezembro de 2016.
Englobando um vasto conjunto de ações, intervenções e
instalações no espaço delimitado pelo Centro Histórico, este programa adotará a
designação de Alumia por ter, precisamente, a luz - em todo o seu espectro - como principal ferramenta de exploração, revelação e transformação do
património, oferecendo-lhe uma nova leitura e novos significados.
Guiados pela luz, o público - residente e visitante - será
convidado a contemplar este excecional legado que sempre foi da cidade e dos
portuenses mas que também já é de todos e da Humanidade.
É neste património coletivo, para muitos talvez ainda
desconhecido e até oculto, que serão desenvolvidos os vários momentos de
programação ao longo dos próximos seis meses, incluindo 13 instalações no
espaço público, resultantes de convites a artistas e coletivos, numa primeira
fase, e selecionadas por via de convocatória aberta, numa segunda. Num caso e
noutro, sempre com a luz, pela sua enorme abrangência de exploração, como fonte
e processo de inspiração.
Um caminho de luz
para celebrar o património
O primeiro momento, coincidente com a efeméride dos 20 anos
da classificação do Centro Histórico pela UNESCO, será já a 5 de dezembro com
a revelação das primeiras seis instalações físicas que, até 8 de janeiro de
2017, passarão a habitar (e iluminar) o espaço público.
Aos artistas e criativos convidados pediu-se que valorizassem
e potenciassem este ativo, provocando um novo olhar e diferentes leituras sobre
o património e a sua paisagem envolvente.
O percurso, que será oficialmente inaugurado às 17,30 horas
do dia 5 de dezembro, é pontuado por seis instalações artísticas, localizadas,
respetivamente, no Jardim da Cordoaria, Largo do Amor de Perdição, Clérigos,
Largo dos Lóios, Estação de São Bento e Bairro da Sé.
A partir desse dia e até 8 de janeiro de 2017 serão
promovidas, diariamente, sempre a partir das 17,20 horas, várias visitas guiadas
pelo Centro Histórico e por este percurso de luz, através do Serviço Educativo
do projeto Alumia, numa parceria com a Escola Superior de Educação do Instituto
Politécnico do Porto.
Lançamento da
convocatória aberta
O Dia Nacional dos Centros Históricos, que se assinalará a
25 de março de 2017, constituirá outro dos momentos de programação do Alumia,
com a apresentação de sete novas instalações no espaço público, estas
selecionadas por via de uma convocatória aberta.
As propostas deverão concretizar instalações físicas que
privilegiem a transformação da visita noturna ao património pelo que a luz
deverá ser, uma vez mais, a principal ferramenta de exploração dos criativos,
estudantes, amadores ou profissionais que poderão concorrer a título
individual ou coletivo.
A convocatória aberta é lançada oficialmente esta
sexta-feira, 25 de novembro, sendo o dia 30 de dezembro a data limite para a
entrega das propostas. A empresa municipal PortoLazer atribuirá 3.750 euros para a concretização
e instalação de cada uma das propostas selecionadas pelo júri e que serão
distribuídas ao longo de um percurso entre o Passeio das Virtudes e as Escadas
da Vitória.
O regulamento e a ficha de inscrição serão disponibilizados,
a partir desta sexta-feira, no sítio oficial do projeto, em www.alumia.eu, onde
estarão disponíveis, também, outras informações relacionadas com o projeto.
Promovido pela Câmara do Porto, o Alumia resulta de uma
candidatura submetida e aprovada no âmbito do Programa Operacional Norte 2020.
O valor global do projeto é de 387 mil euros, cofinanciados em 85 mil por fundos
comunitários.