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A ciência e inovação da U.Porto premiada com bolsa de dois milhões de euros pelo CEI

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Rita Covas, Investigadora do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto (CIBIO-InBIO) e especialista em ecologia evolutiva, é um dos quatro cientistas a trabalhar em Portugal premiados este ano com as Consolidator Grants - bolsas de consolidação - do Conselho Europeu de Investigação (ERC), no valor de 2 milhões de euros.

Ao longo dos próximos cinco anos, a investigadora vai desenvolver o seu projeto no domínio da ecologia evolutiva, na savana africana, com o objetivo de estudar as relações entre as espécies e a forma como estas cooperam.

O projeto premiado usará como modelo de estudo o tecelão sociável (Philetairus socius), uma espécie de ave selvagem da savana africana que vive em grupos sociais e é altamente cooperativa.

Rita Covas, que também é Investigadora Associada da Universidade de Cape Town (África do Sul) vê, assim, reconhecido o trabalho desenvolvido ao longo de uma década. A bolsa vai permitir "contratar estudantes, pós-docs e técnicos, comprar equipamento (ex, câmaras e computadores para monitorizar o comportamento cooperativo), análises genéticas, um veículo para o trabalho de campo, viagens para o campo (na África do Sul) e despesas gerais de manutenção do trabalho de campo", explica a alumna da U. Porto.

Ao todo, o Conselho Europeu de Investigação atribuiu este ano 301 Consolidator Grants, o que representa um financiamento total de cerca de 600 milhões de euros, a distribuir por "cientistas e académicos de topo" (doutorados, com sete a 12 anos de experiência) de 37 nacionalidades em instituições de 24 países europeus.

Entre os laureados destaca-se ainda o nome de Susana Coelho, antiga estudante de Biologia da Faculdade de Ciências da U.Porto (FCUP) e atual investigadora do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS), em França.

Desde a criação destas bolsas (Consolidator Grants), em 2007 o ERC já financiou projetos de 34 cientistas portugueses ou estrangeiros a trabalhar em Portugal.

Entre eles inclui-se o também investigador da U.Porto, Helder Maiato, do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (I3S), distinguido em 2015.