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Too Good To Go e Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação juntam-se ao Pacto do Porto para o Clima

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Guilherme Costa Oliveira

O Pacto do Porto para o Clima, iniciativa da Câmara do Porto, anuncia a integração formal da Too Good To Go e da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto (FCNAUP) na sua comunidade de parceiros ativos. Esta adesão reforça o compromisso conjunto de atingir a neutralidade carbónica na cidade do Porto até 2030. O mesmo será formalizado no próximo dia 2 de abril, pelas 11h30, no Mercado do Bolhão.

O evento, que assinala a entrada dos dois novos subscritores, tem início, às 11h30, com a abertura a ser feita pelo vice-presidente da Câmara Municipal do Porto, Filipe Araújo. Seguir-se-á um painel de discussão, que, para além do vice-presidente do Município do Porto, contará com as presenças de Pedro Graça, diretor da Faculdade de Ciências da Nutrição da Universidade do Porto, e Maria Tolentino, Country Manager em Portugal da Too Good To Go. O painel será moderado por Daniel Freitas, diretor para a Neutralidade Carbónica do Porto.

Pelas 12h45, será celebrada a adesão ao Pacto do Porto para o Clima pelos representantes das duas novas entidades: Pedro Graça, pela FCNAUP, e Maria Tolentino, pela Too Good To Go.

Pacto já 235 subscritores institucionais

Com estas novas integrações, o Pacto do Porto para o Clima alcança a marca significativa de 235 subscritores institucionais comprometidos com a ambição climática da cidade. A neutralidade na Invicta só poderá ser atingida com ações concretas levadas a cabo por todos os atores, independentemente da sua dimensão, da sua ação prévia ou personalidade jurídica.

Assim, o Município do Porto acredita que uma visão e meta comuns para a descarbonização podem contribuir para que todos os intervenientes caminhem no mesmo sentido, tendo em vista o cumprimento de um desígnio comum. Com o Pacto do Porto para o Clima pretende-se despertar a ação dos cidadãos e organizações e criar uma grande comunidade de aprendizagem, partilha e apoio mútuo. A subscrição do Pacto é voluntária, não vinculativa e sem custos.

"A integração da Too Good To Go e da FCNAUP é mais um passo significativo rumo à construção de um Porto mais sustentável e resiliente. Juntos, com um enorme conjunto de parceiros de diferentes áreas, fortalecemos o compromisso coletivo de alcançar a neutralidade carbónica até 2030, demonstrando que a ação local, comprometida e ambiciosa é fundamental para enfrentar os desafios globais como as alterações climáticas", afirma o vice-presidente, expressando o seu entusiasmo com o número crescente de adesões.

Lutar contra o desperdício alimentar

A Too Good To Go é empresa de impacto social que liga os utilizadores a lojas parceiras para salvar alimentos não vendidos e impedir que sejam desperdiçados. "O desperdício alimentar representa cerca de 10% das emissões globais de gases com efeito de estufa, sendo uma temática prioritária para Portugal. Esta questão reforça o compromisso do país com a Agenda 2030 e o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 12.3, que pretende reduzir pela metade o desperdício per capita de alimentos até 2030", revela Maria Tolentino.

"Assim, apelamos ao governo que adote medidas contra o desperdício alimentar nos primeiros 100 dias de legislatura, comprometendo-se com a implementação de ações significativas nos próximos quatro anos, em consonância com as políticas em desenvolvimento a nível da UE", sublinha a Country Manager em Portugal da Too Good To Go, acrescentando: "É fundamental realçar a importância das políticas públicas, tendo o Município do Porto como exemplo, e a relevância da cooperação público-privada. Estamos entusiasmados por integrar o Pacto do Porto para o Clima e por contribuir ativamente para a construção de um futuro mais sustentável para a cidade do Porto e, consequentemente, para todo o país".

A cidade do Porto foi selecionada, pela Comissão Europeia, para integrar o grupo das 100 Cidades Inteligentes e com Impacto neutro no clima, e como Cidade Missão, a ambição é que o Porto seja líder, a nível nacional e europeu, na ação climática, antecipando a neutralidade carbónica em 2030.