Apresentados projetos finalistas do Laboratório de Inovação Social

Esta quinta-feira foram apresentados os cinco projetos finalistas da primeira edição do Laboratório de Inovação Social, iniciativa dinamizada pelo Centro de Inovação Social do Porto (CIS Porto) e financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Todos eles apresentam propostas de soluções inovadoras para desafios sociais da cidade e que foram previamente identificados e debatidos, em sessões abertas à comunidade, e organizadas pelo CIS Porto.

"Hoje, é um dia de celebração que marca, de forma estrutural, a intervenção social na cidade e que resulta de um denso, participado e refletido caminho, traçado no âmbito da estratégia municipal definida para o desenvolvimento de iniciativas com potencial de impacto social no Porto", afirmou o vereador da Coesão Social, durante a abertura do evento, que decorreu Café Teatro Rivoli.

A primeira edição do Laboratório de Inovação Social partiu de uma análise aprofundada e participada de situações-problema da cidade e das comunidades, tendo sido selecionados três problemas sociais: isolamento social dos idosos na cidade, desinserção social e simbólica das pessoas com deficiência e vulnerabilidade social dos jovens que saem do acolhimento residencial para a autonomia e vida independente.

Em resposta a esse desafio foram recebidas 41 ideias. "Um número muito além das nossas melhores expectativas, que reforçava a ideia de que estávamos no caminho certo", frisou Fernando Paulo.

"No atual contexto de enormes inquietações socioeconómicas à escala global, não podemos deixar de relevar o que de tão bom se faz, em cada momento e em cada lugar. E este é um desses momentos. Nesta cidade. Neste local", concluiu o vereador da Coesão Social.

Cinco projetos incubados

Os projetos vão ser agora incubados, no âmbito do Laboratório de Inovação Social. A autarquia financia cada um deles com um valor até 20 mil euros, disponibilizando o acesso ao espaço físico do CIS Porto para incubação e atribuindo um mentor, para além do apoio da equipa do CIS.

Eis os cinco projetos finalistas:

"Sport For Life Club"
Projeto que utiliza o desporto como ferramenta para promover a inclusão social de jovens das casas de acolhimento. "O processo de inclusão social é contínuo e, por isso, pretendemos desenvolver competências socioemocionais para uma vida autónoma, além de promover a educação e empregabilidade, através da co-construção de um clube comunitário", afirmou André Ries, representante do Sport For Life Club.

"Projeto Meta: Mentoria na Transição para a Autonomia"
Patrícia Vinhais garante que são "novatos" nesta área e, por isso, a expectativa "é aproveitar, muito, a mentoria nos próximos seis meses". "Queremos muito que as parcerias continuem depois do projeto", acrescentou. A ideia passa por criar relações de amizade entre jovens em situação de acolhimento residencial e pessoas das suas comunidades (mentores), através de encontros semanais ao longo de quatro meses.

"Viver + Porto"
"O CIS é um parceiro insubstituível. É um grande conforto para quem está a trabalhar nesta área", garante Ana Sofia Costa, representante do projeto "Viver + Porto", que orienta a sua intervenção para a participação social, organizando-a pelo tempo de ação em vez de pré-definida por serviços ou atividades. “Com profissionais capacitados dedicamos-lhes TEMPO (dias e horas)”, acrescentou.

"Pontes com Proximidade"
Este é um projeto que acredita que as pessoas com 65 anos ou mais sentem um maior bem-estar se estiverem integrados numa maior rede de apoio. "É bom estar inserido numa rede formal e informal. Queremos dar uma lufada de ar fresco aos idosos em isolamento social", sublinha Gabriela Silva, acrescentando que o projeto propõe criar pontes entre os idosos e as respostas existentes na comunidade, através de uma relação próxima e de confiança.

"Olá Reforma!"
Programa que pretende sensibilizar/capacitar as pessoas e as organizações para uma nova fase da vida: a reforma. "Acreditamos que a preparação da reforma contribui para um envelhecimento bem-sucedido, ao afastar cada pessoa adulta mais velha do ciclo vicioso do isolamento social e das consequências disso para a sua saúde física e mental", diz Eduarda Barradas.