Educação

Alunos de Erasmus + desenvolvem ferramentas para a inclusão e acessibilidade sem fronteiras

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Uma comitiva de cerca de 70 pessoas, entre alunos, professores e representantes das instituições locais de cinco países, a que se junta Portugal, vieram ao Porto para partilhar e aprender práticas no sentido de promover a inclusão e fomentar a acessibilidade nas escolas e comunidades educativas no âmbito do projeto Erasmus+.

A comitiva foi recebida nos Paços do Concelho, na segunda-feira, pelo vereador da Educação e Coesão Social, Fernando Paulo, que apresentou o Porto como "uma cidade inclusiva, aberta à Europa e ao Mundo".

O responsável lembrou que, "além da Universidade que tem cerca de 60 mil alunos e que recebe cerca de 5000 de Erasmus", "nas nossas escolas temos 3.200 alunos imigrantes".

O Porto "é uma cidade inclusiva por ter políticas e medidas para todas as pessoas e para todas as idades; por dedicar uma especial atenção às pessoas com maiores vulnerabilidades, entre as quais as pessoas com necessidades específicas", explicou Fernando Paulo.

Relativamente ao projeto "How special are your needs? Can we help? STEAM for an inclusive Europe!", Fernando Paulo vincou que "ao investir na educação, da inclusão, no derrubar de barreiras físicas, comunicações e sociais, estamos a dar condições para que todas as pessoas exerçam a sua cidadania e sejam parte ativa na construção de comunidades mais iguais, mais justas, mais coesas, abertas e tolerantes".

Do programa de três dias, destaque para a mesa-redonda realizada na segunda-feira, no Auditório do Agrupamento de Escolas Eugénio de Andrade e subordinada à temática "O que é que a minha cidade faz pela inclusão?", que contou com a participação dos representantes autárquicos das cidades envolvidas, incluindo o vereador da Educação e Coesão Social da Câmara do Porto. Seguiu-se um concerto solidário no Conservatório de Música do Porto. O programa contemplou, ainda, workshops, palestras e desporto.

Derrubar barreiras físicas, comunicacionais e sociais

O projeto Erasmus+, "How special are your needs? Can we help? STEAM for an inclusive Europe!", Cooperation partnerships in school education 2021/2024 conta com a participação de seis países: Bélgica, Eslovénia, Grécia, Itália, Suécia e Portugal.

Cada país é representado por uma escola ou instituto, à exceção de Portugal que integra três: o Agrupamento de Escolas Rodrigues de Freitas (AERF), de referência no domínio da visão, o Agrupamento de Escolas Eugénio de Andrade (AEEA), de referência para a educação bilingue de alunos surdos, e a Escola Artística do Conservatório de Música do Porto (CMP).

O projeto visa, essencialmente, sensibilizar escolas e comunidades educativas para as barreiras físicas, comunicacionais e sociais de pessoas com perfis diversos, no sentido de promover a inclusão e fomentar a acessibilidade, através de soluções de áreas como a ciência, a tecnologia, a engenharia, a arte e a matemática.

Alicerçou-se na cooperação entre os parceiros e colaboradores para uma visão internacional dos problemas e, ao mesmo tempo, na partilha de boas-práticas, que fortaleceram métodos de trabalho para desenvolver soluções tecnológicas que foram criadas durante os três anos de colaboração.