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Porto já faz recolha seletiva de quase 30% dos resíduos

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Miguel Nogueira

O Município do Porto prevê que a taxa de recolha seletiva de resíduos na cidade seja superior a 28%, até ao final de 2018, o que faz deste ano o melhor de sempre em termos de reciclagem.

No primeiro semestre do ano, o aumento de produção de resíduos, comparativamente ao mesmo período de 2017, verificou-se tanto nos resíduos indiferenciados (1500 toneladas) como nos seletivos (1300 Ton), traduzindo-se em taxas de crescimento de 2,65% e 10,84%, respetivamente.

Foi também durante esse período (primeiro semestre de 2018) que se deu uma mudança de paradigma no sistema de gestão de resíduos na cidade com a internalização da recolha, que passou a ser realizada pela empresa municipal PortoAmbiente - cujos Regulamento de Serviço e Regulamento de Fiscalização do Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos e Limpeza do Espaço Público foram aprovados por maioria na reunião de Executivo de terça-feira - quando até então era realizada quer pelos serviços da Câmara quer por duas empresas concessionárias.

Neste semestre e até à data, continua a verificar-se a tendência de um aumento total de resíduos, em termos homólogos, com os seletivos a crescerem nestes últimos quatro meses, verificando-se já um valor de crescimento próximo do total do primeiro semestre de 2018 (cerca de 1200 Ton.).

Desta forma, os números globais de 2018, comparativamente a igual período de 2017, apresentam um crescimento da fração seletiva para 12,14%, passando de uma taxa de 25,9% para 27,9%. O Município do Porto aproxima-se assim rapidamente dos objetivos e metas definidos no Plano de Ação do Plano Estratégico de Resíduos Sólidos Urbanos (PAPERSU) para o ano de 2020, em que se comprometeu a atingir o patamar dos 30% em resíduos recicláveis.

PortoAmbiente iniciou novas práticas de atuação

Após a finalização total de todo o processo de internalização, a empresa municipal PortoAmbiente iniciou novas práticas de atuação, de modo a potenciar o esforço conjunto do Município e cidadãos no aumento dos números da reciclagem.

Entre as várias medidas adotadas, foi introduzida em julho a recolha seletiva porta-a-porta residencial, sendo que os moradores de cada um dos fogos abrangidos receberam equipamentos para recolha dedicada (papel/cartão, plástico/metal, vidro, orgânicos e indiferenciados).

Em setembro, começaram a ser instalados um pouco por toda a cidade novos ecopontos (compostos por três contentores de recolha diferenciada) que possuem mais capacidade de armazenamento e aberturas com maior dimensão e são de uma utilização mais cómoda, com design inovador e de menor impacto visual. A estratégia é reforçar e renovar a rede de coletores de resíduos espalhados pela cidade para incentivar a reciclagem.

A Porto Ambiente gere, anualmente, mais de 140 000 toneladas de resíduos, num concelho com de mais 215 000 habitantes aos quais acresce uma população flutuante de cerca 180 000 pessoas por dia, que trabalham ou estudam na cidade.
O novo modelo de atuação quer alavancar a reciclagem na cidade, tornando o Porto uma referência; modernizar as operações de modo a obter ganhos de qualidade e utilizar as mais recentes tecnologias na área por forma a melhor monitorizar e atuar. Além de aumentar a eficiência e limpeza da cidade, a Câmara do Porto espera, ainda, diminuir os custos com a recolha e limpeza urbana.