Sociedade

Livro sobre o Porto dos anos 40 e 50 motiva reflexão em torno da evolução da cidade

  • Notícia

    Notícia

#DR_Johnny_Boy_Porto_Anos_40_50.jpg

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, o advogado e comentador televisivo, José Miguel Júdice, e João Van Zeller juntaram-se para uma "viagem" pela cidade Invicta: uma reflexão sobre a evolução da cultura e da sociedade portuense e portuguesa desde meados do século XX até aos dias de hoje, ancorada no livro "Johnny Boy, Porto Anos 40 & 50". A conversa é partilhada no Youtube.

A iniciativa integra-se no lançamento da 2.ª edição do livro "Johnny Boy, Porto Anos 40 & 50", da autoria de João Van Zeller e publicado pelas Edições Afrontamento.

Inicialmente, a apresentação esteve marcada para o dia 23 de abril no Museu da Fundação Vieira da Silva, mas devido à COVID-19 o formato adaptou-se para um momento online, partilhado no YouTube.

"Johnny Boy, Porto 40 & 50" é um livro que viaja pelo Porto nos anos médios do século passado, numa cidade empreendedora, melancólica e cinzenta, onde a alegria parecia apenas aparecer em "noites de S. João ou nas vitórias clubísticas". Uma obra que demonstra a mudança radical no século XXI, claramente visível nos dias de hoje. Mas também encontra pontos de contacto entre o que foi e o que é, como analisa João Van Zeller, ao dizer que a cidade Invicta mantém e exponencia "a sua incomparável dedicação ao trabalho, ao empreendedorismo e à defesa do seu inimitável carácter".

José Miguel Júdice considera o livro como uma descrição, "com verdadeira democracia, de uma sociedade burguesa e liberal mais igual"; e elege-o como um "livro seminal", onde se encontra a narrativa "dos primeiros anos de uma grande capilaridade social".

Para Rui Moreira, a obra é "muito mais que um livro de memórias na tradição anglo-saxónica", porque conta histórias "de uma sociedade em transformação, num período de perda de inocência".

Breve biografia do autor

João Guilherme Andresen Van Zeller é natural do Porto, cidade onde viveu até aos 18 anos e da qual retirou uma forte herança cultural e afetiva. Licenciou-se em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa, tendo a seguir, e após ter durante o curso trabalhado na Secção de Imprensa Estrangeira do Secretariado Nacional de Informação, sido nomeado Chefe dos Serviços de Imprensa, Radiodifusão e Televisão de Angola (CITA). A partir de 1970, iniciou a sua carreira na banca em Portugal e Angola, que a partir de 1975 prosseguiu em grandes bancos internacionais nos EUA, Reino Unido e Espanha. Atualmente em Portugal, dedica-se à gestão e a Projetos de Solidariedade Social. Tem dezenas de artigos publicados em revistas e jornais portugueses e internacionais.