Sociedade

Centro histórico em "bom estado"

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Em 2008, o Centro Histórico do Porto tinha mais edifícios
em "mau e péssimo" estado, do que em 2013. Em cinco anos a tendência inverteu-se, estando, nos dias de hoje, as casas do Centro Histórico do Porto conotadas como "em bom e razoável" estado de conservação.


Segundo o Público,
em 2008, "32% dos edifícios contidos no Relatório de Monitorização da Operação de Reabilitação Urbana Sistemática da Área de Reabilitação Urbana do Centro Histórico do Porto (ARU-CHP) encontravam-se em mau estado de
conservação, sendo apenas ultrapassados por aqueles que tinham um estado
razoável e que representavam 36% dos edifícios. No mesmo ano, apenas 25% do
edificado era classificado como estando em bom estado, enquanto 3% se
encontrava em obras e 4% estava em péssimo estado".


Os dados da
ARU-CHP revelam ainda que "os prédios em obras e os que se encontravam de tal
forma degradados que foram classificados como estando em péssimo estado de
conservação também inverteram posições, com uma evolução ligeiramente mais
rápida dos primeiros em relação aos segundos. Os dados dizem que 7% dos
edifícios estavam em obra e apenas 3% continuavam em péssimo estado".


Os dados de 2014 ainda não foram atualizados, mas a tendência é manter-se e de forma acelerada, segundo as
recomendações deixadas no relatório de reabilitação urbana da ARU-CHP.


O interesse
pela ARU-CHP também está patente nas informações referentes às transações de
imóveis naquela zona. O relatório refere que "entre 2007 e 2013 registaram-se
458 transações acumuladas [na ARU-CHP] que se traduzem num valor total de 99,5
milhões de euros". Depois de vendas praticamente residuais em 2009, o número de
transações dispararam até 2012 e voltam a cair em 2013, apesar de o valor envolvido
no negócio ter uma tendência crescente desde 2009 até ao final do período em
análise. Ou seja, entre 2012 e 2013 transacionaram-se menos imóveis, mas a
preços bem mais elevados.


O relatório
refere que em 2012 e 2013 as 215 transações realizadas na ARU significaram uma
movimentação de investimento na ordem dos 51 milhões de euros - números
significativos que representam 77% do número total de transações na ACRRU (Área
Crítica de Recuperação e Reconversão Urbanística, mais vasta do que a ARU-CHP)
e 74% do valor total transacionado, na ordem dos 70 milhões de euros.