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TNSJ apresenta Elizabeth Costello de J. M. Coetzee

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A atriz Cucha Carvalheiro sobre a partir de hoje ao palco do Teatro Nacional São João no papel de Elizabeth Costello, a escritora criada pelo Nobel da Literatura J. M. Coetzee. 

Numa adaptação encenada por Cristina Carvalhal, o romance do autor sul-africano estreou em Lisboa no final do ano e chega agora ao Porto para uma série de representações, que iniciam às 21 horas de hoje e se mantêm até ao próximo dia 28.

Título do livro e do espetáculo, Elizabeth Costello é também o nome da escritora australiana que Coetzee coloca no limiar da "grande porta", quer passar "para o que vem depois", mas terá de enfrentar primeiro um tribunal que parece saído de Kafka - um tribunal do paradoxo.

Também considerado um "romance disfarçado de digressões", por poder ser vista como obra inclassificável que desafia as fronteiras do ensaio e da ficção, Elizabeth Costello foi como que desviado para o palco pela encenadora Cristina Carvalhal, que tem vindo a adaptar e encenar textos que não foram escritos para teatro, como "Cândido" de Voltaire, "Cosmos" de Witold Gombrowicz ou "A Erva Vermelha" de Boris Vian.

É assim que Elizabeth, aquela que se apresenta como uma "negociante de ficções" ou "secretária do invisível", confronta o público com as suas crenças e discute com outras personagens "ideias polémicas", como a essência de Deus e o silêncio dos animais, o Holocausto nazi e o vegetarianismo, o amor e o mal. "Acredita na vida?", pergunta-lhe um juiz no tribunal. "Acredito em tudo o que não se dá ao trabalho de acreditar em mim", responde Elizabeth Costello.

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