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Sporting Clube da Cruz já vê a luz ao fundo do túnel

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A sessão de aniversário do Sporting Clube da Cruz, que decorreu ontem à noite no auditório da Junta de Freguesia de Paranhos, juntou muitos dos associados e atletas do clube, mas também a direção e os presidente da Câmara, da Junta e da Associação de Futebol do Porto. O projeto para o novo campo foi apresentado, mas Rui Moreira avisa que ainda há um caminho a fazer.

Na sua intervenção, Hélder Ribeiro Pereira pediu para o seu clube ajuda da Câmara para concretizar o velho sonho de ter o seu campo de futebol, enfatizando o papel social que a IPSS do clube desenvolve. O presidente da Junta, Alberto Machado, entendia que a Câmara podia de imediato construir instalações e um campo relvado para o clube.

Mas Rui Moreira logo avisou que não estava ali para fazer promessas nem tinha vindo em campanha eleitoral, chamando a atenção para que, primeiro, havia que encerrar as negociações com os proprietários dos terrenos, processo não concluído.

O autarca disse mesmo aos presentes que "não se iludam. Não vou enganar ninguém: em setembro não vai havei um relvado sintético no Campo do Outeiro", recusando fazer promessas e deixando claro não ter ido ali fazer campanha eleitoral.

O projeto para o campo inclui a aquisição de terrenos, como explicou o autarca e também Pedro Baganha, administrador da GOP, empresa municipal. Manuel Pizarro, vereador atualmente sem pelouro, mas que é amigo do clube e se empenhou na resolução dos seus problemas, também discursou.

O campo do Outeiro, onde joga atualmente o Sporting Clube da Cruz, localiza-se num terreno cuja propriedade é de terceiros. O clube aluga o espaço, e joga há anos num campo pelado com condições muito precárias. No quarteirão do campo existem quatro parcelas principais. Três são privadas, sendo numa delas que se localiza o actual campo de jogos, e uma pertencente à CMP.

O problema do Campo do Cruz está por resolver no Município do Porto desde, pelo menos, o mandato do Nuno Cardoso, tendo atravessado todos os executivos municipais seguintes, sem resolução, que esbarrou sempre na dificuldade de se chegar a acordo com os proprietários. Entretanto, foi já definida no PDM toda a área como sendo de área de equipamento colectivo, sendo reconhecido que a cidade precisa criar novas áreas desportiva ou reabilitar as existentes, como tem sido feito durante o atual mandato.

Para a concretização do projecto a Câmara tem vindo a negociar com todos os proprietários da zona, com vista ao estabelecimento de um acordo global de cedências ao domínio público que viabilize a entrega dos terrenos necessários para o novo campo. Essa negociação está ainda em curso.

Simultaneamente a CMP está a avançar com o projecto de arquitectura do novo campo e respectivo edifício de apoio, que se encontra nesta fase em processo de licenciamento junto das entidades competentes. Para o efeito a CMP tem vindo a desenvolver um diálogo muito próximo com os órgãos directivos do Clube, com vista à aferição das suas necessidades específicas.

O programa em curso contempla um campo de dimensões oficiais de relva sintética, uma bancada com capacidade para mais de 500 pessoas, um edifício onde se localizarão os balneários, a sede da IPSS e do clube, um bar de apoio e outras instalações técnicas e de serviço. Está ainda prevista a instalação de uma área verde adjacente ao campo para circuito de manutenção.