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Rui Moreira elogia trabalho da PSP e deixa alertas numa carta dirigida ao ministro da Administração Interna

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Miguel Nogueira

Ao longo dos últimos dias e, num período particularmente crítico, a ação das forças de segurança interna na cidade do Porto tem sido inexcedível e disso dá nota Rui Moreira numa carta, hoje enviada a Eduardo Cabrita, onde destaca a atuação dos profissionais da PSP e o seu "notável trabalho de presença na via pública, que tem sido determinante para garantir não apenas o controlo e restrição da mobilidade dos cidadãos mas também a sua segurança".

Na missiva que Rui Moreira envia à tutela é também assinalada a perfeita articulação entre a Polícia Municipal e a PSP, numa clara demonstração de "capacidade de intervenção e competência na atuação", essencial nesta altura de crise pandémica e em que a concertação entre instituições é imprescindível para a segurança e bem-estar das populações.

Porém, apesar do excelente trabalho desenvolvido até ao momento, antevêem-se grandes desafios no combate à pandemia e são os próximos dias que preocupam Rui Moreira, por serem "particularmente críticos pela chegada do fim-de-semana, pelo estado do tempo apetecível ao lazer e pela proximidade da Páscoa" e, como tal, deverão merecer, da parte do Estado, "medidas mais duras quanto à circulação e, sobretudo, entrada de cidadãos (nomeadamente emigrantes) no país".

De igual forma, e num plano mais local, considerando que o Porto possui dois parques urbanos e frente de mar, que atraem cidadãos dos concelhos limítrofes, Rui Moreira insta o Ministro da Administração Interna a "criar um mais apertado cerco à cidade", através da criação de check-points neste período pois estes poderão ser decisivos, uma vez que "fechar a cidade a estes movimentos pendulares típicos de fim-de-semana e feriados seria determinante para conter a transmissão descontrolada da doença".

Para além da intervenção local, Rui Moreira aproveita para apelar a um maior rigor no controlo fronteiriço, considerando quer o fluxo de cidadãos emigrantes quer de espanhóis "que tendo uma situação epidemiológica pior neste momento e habituados que estão, no Norte do país, a passar a fronteira para Portugal nesta altura do ano, poderão sentir-se tentados a fazê-lo".