Sociedade

Palacete Ramos Pinto será transformado num espaço cultural de referência

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A Assembleia Municipal do Porto
aprovou ontem à noite, por unanimidade, a instalação de uma coleção de arte
contemporânea no Palacete Ramos Pinto, situado no Parque de São Roque da
Lameira, na zona oriental da cidade, um imóvel do século XVIII.


O Município refere na proposta que,
devido à sua qualidade arquitetónica e ao seu valor histórico, o edifício, do
seculo XVIII, tem "potencial para se transformar num espaço cultural de
referência a nível internacional".


A Câmara do Porto comprou o palacete em 1978,
instalou nele o seu serviço urbanístico, depois abandonou-o e por fim pensou
vendê-lo.


O edifício apresenta sinais de
"ruína" e, segundo o presidente da Câmara, Rui Moreira, "o Município não encontrou um uso adequado" para ele, tendo então surgido a
hipótese de o aproveitar para lá instalar "uma coleção de arte
contemporânea de assinalável relevância", composta por cerca de 500 obras.


"Era um edifício que não
queríamos alienar, queríamos reabilitar", afirmou o autarca.


A coleção é de Pedro Torcato Alves
Ribeiro e encontra-se emprestada à Associação Vivercidade, a que aquele
colecionador preside.


Ana Jotta, Augusto Alves da Silva,
Jorge Molder, José Pedro Croft, Julião Sarmento, Paulo Nozolino, Pedro Cabrita
Reis e Rui Chafes estão entre os artistas nacionais presentes nesta coleção,
tal como vários artistas estrangeiros descritos como sendo
"relevantes".


"Muitas dessas obras de arte
estão no Museu de Serralves e o seu proprietário queria um local permanente
para a sua exposição", realçou Rui Moreira.


O acordo entre a Câmara e a
Vivercidade prevê que a associação recupere o imóvel e o adeque para expor
durante 15 anos, a partir de 2020, obras da sua coleção. Em troca, aquela
associação pagará uma renda anual de 2 mil euros ao município.