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Depois do rastreio aos lares, o Porto já prepara programa de visitas controladas em segurança aos idosos

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Miguel Nogueira

O Porto foi o primeiro município em Portugal a promover um plano de testagem para Covid-19 a todos os lares da cidade e o único que rastreou quer utentes quer funcionários, promovendo a separação de casos positivos e negativos em espaços previamente criados pela Câmara. Agora, prepara um programa de visitas de forma segura e que, simultaneamente, dará formação aos lares, oferecendo equipamentos de proteção aos visitantes.

O confinamento dos lares do Porto, realizado muito cedo e de forma eficaz, foi fundamental para os bons resultados hoje apresentados pelo Executivo de Rui Moreira, que revelam que, em mais de cinco mil testes, apenas 1,4% apresentava infeção de Covid-19. Mas, agora, que o Porto antecipou a crise e protegeu os seus idosos, é preciso não deixar que o trabalho se estrague. Como é necessário não deixar, de forma permanente, isolados os utentes dos lares que, em alguns casos, há dois meses não veem familiares.

Para isso, o Município está já a preparar milhares de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e equipas móveis que promoverão as primeiras visitas aos lares, aproveitando para dar formação e ensinar as boas práticas e normas preconizadas internacionalmente. Para que o programa possa avançar, aguarda-se apenas a publicação das normas da Direção Geral de Saúde.

No Porto existem mais de 70 lares de idosos que foram todos rastreados por iniciativa da Câmara do Porto, ainda em março e que se estendeu a instituições que têm internados cidadãos sem abrigo ou deficientes. No seu conjunto são mais de 2.500 pessoas que têm estado privadas de visitas de familiares e que, neste momento, têm níveis muito baixos de infeção. Segundo o relatório hoje divulgado na reunião de executivo, apenas 1,4% dos idosos e 0,6% dos restantes cidadãos internados, apresentaram teste positivo no programa de rastreio sistemático lançado ainda em março pelo Município. Foram todos separados, pelo que, caso se consiga evitar comportamentos de risco, estas populações continuarão protegidas.