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O universo utópico de António Veiga Leitão em exposição no Museu da Cidade

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António Veiga Leitão

O Gabinete de Desenho do Museu da Cidade recebe até 19 de setembro um conjunto de construções, máquinas, papagaios voadores, esculturas em madeira, objetos, materiais, documentos, imagens e outras tantas peças produzidas e pertença de António Veiga Leitão. A exposição “A obliquação da gravidade”, de entrada gratuita, pode ser visitada na Casa Guerra Junqueiro.

O título “A obliquação da gravidade” surge de uma formulação mais ou menos críptica, e também poética, que resume a pesquisa de contornos utópicos a que António Veiga Leitão se dedicou durante largos anos da sua vida. Tem por âmbito dar a conhecer um universo criativo extraordinariamente idiossincrático e surpreendente, que não se deixa aprisionar por nenhuma categorização nem poderá ser integralmente apreendido por nenhuma tentativa de descrição.

Todo o trabalho criativo de António Veiga Leitão, irmão do poeta Luís Veiga Leitão, segue um método que é, por um lado, rigoroso e meticuloso, conceptualizado ao extremo, através do cruzamento de diversos campos disciplinares, e, por outro lado, integralmente baseado na artesania, no fazer, na bricolagem e ancorado no culto do detalhe, que por vezes permanece oculto à vista desarmada.

O trabalho de Veiga Leitão constitui-se como uma espécie de micro-representação do cosmos, em que o artista tenta recriar as leis universais que regem as relações entre os seres, não sendo por isso estranho que entre os temas a que mais tempo dedicou estejam a astronomia, a aerodinâmica e a sustentabilidade, nomeadamente através de uma forte preocupação com as energias renováveis (em particular eólica e solar).

“A oliquação da gravidade” pode ser visitada até dia 19 de setembro.

// Gabinete de Desenho - Casa Guerra Junqueiro
Rua de Dom Hugo, 32
4450-305 Porto