Transporte rodoviário de passageiros isento de pagamento no Terminal das Camélias
Porto.
Notícia
Filipa Brito
Foi concedida aos serviços públicos de transporte rodoviário de passageiros autorizados pela Área Metropolitana do Porto a isenção do pagamento do valor devido pelo toque no Terminal Parque das Camélias.
Em reunião privada, na segunda-feira, o Executivo municipal aprovou por unanimidade a proposta assinada pelo presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira. A isenção aplica-se desde o dia 1 de julho de 2022 e será válida até 30 de junho de 2023, ou até à entrada em vigor do Contrato de Aquisição do Serviço Público de Transporte Rodoviário de Passageiros na Área Metropolitana do Porto, a celebrar pela AMP e ainda em fase de tramitação do respetivo concurso, caso esta ocorra antes de 30 de junho de 2023. O valor total desta isenção cifra-se em 20.550 euros.
“Por obediência aos princípios da proporcionalidade e da igualdade de tratamento e tendo em conta a importância das linhas de transporte público intermunicipal, mais ainda no contexto da empreitada de requalificação do tabuleiro inferior da Ponte Luís I, em que a maioria das ligações de transporte público da zona sul da AMP passa pelo Terminal das Camélias, é manifesto o relevante interesse público, municipal e metropolitano, destes serviços, sendo necessário garantir toda a estabilidade possível nesta prestação”, sublinhava o documento.
Os operadores de transporte público rodoviário de passageiros detentores de autorizações da AMP para as linhas de serviço intermunicipal “nunca pagaram, até à presente data, qualquer valor por toque no Terminal do Parque das Camélias pese embora o seu regulamento, aprovado em 1997, previsse a utilização de um sistema de cartões pré-carregados nunca instalado”, apontava a proposta do presidente da Câmara do Porto, acrescentando: “Por seu turno, os operadores de serviços interurbanos e internacionais, por via de celebração de protocolo, pagam, desde o início do seu acesso, o preço por toque e pela utilização de espaços de escritório, nos termos das normas regulamentares em vigor.”
“O Terminal Parque das Camélias é atualmente utilizado por operadores de serviço de transporte rodoviário de passageiros interurbano e internacional assim como pelos operadores de serviço de transporte público de passageiros rodoviário intermunicipal que detenham autorizações da AMP, a título provisório, e até à entrada em vigor dos contratos que resultem do Concurso Público Internacional para a Aquisição do Serviço Público de Transporte Rodoviário de Passageiros na Área Metropolitana do Porto, lançado pela AMP”, prosseguia Rui Moreira na proposta submetida a votação.
Sob gestão do Município do Porto mediante protocolo celebrado com o Instituto da Mobilidade e dos Transportes, o Terminal Parque das Camélias integra uma estratégia de mobilidade que se materializa na existência de terminais rodoviários e interfaces de transporte público que permitam uma articulação, em rede, de todos os serviços e modos de transporte.
“A alteração das condições de acesso e de exploração do serviço público de transporte de passageiros expresso, aliado a um aumento da procura por novos serviços de transporte público rodoviário interurbano e internacional e a conclusão dos trabalhos de construção do Terminal Intermodal de Campanhã, impulsionou a reorganização dos interfaces e terminais existentes na cidade do Porto, propriedade do Município ou sob a sua gestão”, concluía o documento.