Sociedade

Tradição e alegria: São João agita a cidade do Porto mais uma vez

  • Paulo Alexandre Neves

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O São João é feito de tradições. Umas mais antigas que outras, umas até muito recentes, como a entrega de manjericos à população, pelo atual Executivo, mas todas elas com o mesmo sinónimo: união. De povos, culturas e também de municípios vizinhos. Tal como nos últimos anos, os presidentes das câmaras do Porto e de Vila Nova de Gaia mantiveram, igualmente, a tradição (recente) e, a meio do tabuleiro inferior da Ponte Luís I, cumprimentaram-se, desejando mutuamente um "bom São João".

Rui Moreira e Eduardo Vítor Rodrigues, acompanhados dos vereadores de ambos os executivos, puderam apreciar do local os preparativos para a festa e já a imensa gente que, ao fim da tarde, ainda passava a pé a ponte. Trocaram brindes e, questionados pela comunicação, mostraram-se uníssonos na vontade de comemorar uma noite icónica para as duas cidades. "O S. João está sempre connosco", afirmou o presidente da Câmara do Porto, lançando um desejo: "Que acabe bem, animem a cidade, esqueçam as tristezas. Está bom tempo. Estar aqui com o Eduardo Vítor Rodrigues é sempre bom".

No tabuleiro inferior da Ponte Luís I não foram colocadas quaisquer estruturas de iluminação e fogo, de forma a facilitar a abertura e circulação de pessoas antes e depois do fogo de artifício, marcado para a meia-noite. Aliás, a infraestrutura, recentemente restaurada, está encerrada à circulação pedonal, a partir das 23h00 e até à 01h30, em ambos os tabuleiros.

Depois, Rui Moreira, acompanhado de alguns vereadores, prosseguiu, a pé, até à Ribeira. Pelas ruas estreitas já se preparava a festa, entre marteladas, cheiro a pimentos e sardinha assada. O casal Soares veio, de propósito, da Nazaré. "Temos as nossas festas, mas o São João do Porto é único", afirmou Álvaro Soares. Mas também se viram por aqui madeirenses, emigrantes radicados em San Diego (Estados Unidos) e na África do Sul.

Por ali, como em muitos outros sítios da Ribeira, o palco foi privilegiado para assistir, horas mais tarde, ao fogo de artifício sobre o rio Douro. E a festa prosseguiu noite dentro, para muitos, até de manhã.