Teatro Sá da Bandeira já é oficialmente Monumento de Interesse Público
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O Teatro Sá da Bandeira já está classificado como Monumento de Interesse Público por ser "um dos mais importantes marcos do património cultural da cidade", segundo uma Portaria de 15 de janeiro e hoje publicada no Diário da República.
O processo de classificação formal - espoletado pela Câmara do Porto quando os então proprietários comunicaram a venda do edifício a um promotor que se suspeitava querer transformá-lo - assinala que "além da qualidade formal do imóvel, é de destacar o seu papel cultural no meio portuense, como palco de grandes nomes nacionais e internacionais do teatro e da ópera, entre outros".
A Portaria reconhece também o "seu interesse como testemunho notável de vivências ou factos históricos", bem como o "seu valor estético, técnico e material intrínseco", conceção arquitetónica e urbanística, extensão e no que "nela se reflete do ponto de vista da memória coletiva".
Termina assim uma sucessão de eventos e tomadas de posição que a Câmara do Porto assumiu desde que se soube da intenção de venda dos anteriores proprietários e da possibilidade de o "Sá da Bandeira" ser transformado em hotel.
Não estando então protegido, o Município desenvolveu duas ações paralelas: declarou o interesse em exercer o direito de preferência, suspendendo a transação em curso; e pediu à Direção-Geral do Património Cultural que iniciasse um processo de classificação, solicitando desde logo a distinção como Entidade de Interesse Histórico e Cultural ou Social Local.
Os objetivos foram alcançados e salvaguardaram o Teatro, pelo que a Câmara do Porto decidiu alienar o edifício e colocá-lo em hasta pública, em março de 2019, numa decisão que teve a abstenção do PS e da CDU.
O imóvel seria comprado pela Livraria Lello por 3,5 milhões de euros, em maio seguinte.