Sociedade

TAP: Moreira questiona Governo

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Miguel Nogueira

O presidente da Câmara do Porto não se cansa de questionar o
negócio da TAP, o abandono do Porto por parte da companhia e a estratégia de
drenagem de tráfego para Lisboa. Hoje, na crónica que assina no Correio da
Manhã, pergunta:

"Afinal, em que ficamos? O que é que o Estado recomprou aos
privados, empenhando dinheiros e responsabilidades públicos?
".


Num artigo intitulado "Interesse estratégico?", Rui Moreira
lembra que a q
uestão foi muito relevante durante a última campanha
eleitoral. "Argumentou a direita que a privatização da companhia era
inevitável, porque a empresa não podia continuar a receber ajudas de Estado;
contrapôs a esquerda que a TAP tinha uma importância estratégica para o país
que não podia ser ignorada"
, acrescentando que "as duas opções são legítimas e ambas
se enquadram com aquilo que foi apresentado ao eleitorado"
e que pessoalmente
nunca o ouviram pronunciar-se sobre o assunto.


O autarca escreve ainda que "ao readquirir capital da TAP, o
atual primeiro-ministro justificou a sua opção pela necessidade de o Estado ter
uma palavra a dizer na definição da estratégia da empresa"
. Contudo, assinala: "o
primeiro-ministro não se cansa de afirmar que as questões das rotas, hubs e
bases aéreas são da maior relevância estratégica, nomeadamente no Porto. Pelos
vistos, não é esse o entendimento do ministro do planeamento e infraestruturas,
que entende que essas são questões executivas que cabem, por isso, em
exclusivo, aos privados"
.


A questão vem na parte final do texto. "Afinal, em que
ficamos? O que é que o estado recomprou aos privados, empenhando dinheiros e
responsabilidades públicas? Para quê, com que objetivo?"
, pergunta, antes de
concluir: "o que não interessa, nem pode suceder, é construir um modelo híbrido
em que pagamos a fatura, assumimos os riscos, mas não beneficiamos de um
serviço relevante."
.


Rui Moreira tem esta semana uma reunião formal com o Primeiro-Ministro dobre o assunto, pedida com carácter de urgência pelo autarca.


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