Sociedade

Foi lançado "TAP Caixa Negra"

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"Um livro
inédito da política portuguesa" foi assim que António Lobo Xavier classificou "TAP
Caixa Negra", obra da autoria de Rui Moreira, com Nuno Nogueira Santos, sobre a
polémica que o tem oposto à estratégia da companhia aérea, lançada ontem na Fundação
Serralves.


Perante um
auditório onde não couberam todos os que quiseram assistir à sessão, o
Conselheiro de Estado enfatizou ser um livro diferente, porque "não é normal os
políticos não escreverem sobre si próprios".


"Este
não é um livro cor-de-rosa, nem representa um ajuste de contas. É um livro de
revolta, de um conhecedor exímio das infraestruturas e transportes" que
não permite que "a região mais produtora do país seja desprezada",
afirmou, opinando que o livro se poderia também chamar, em segundo título, "À
procura da lógica". Uma lógica que, disse, "não se consegue perceber onde
esteja".


António Lobo
Xavier, que há cinco anos já tinha apresentado o livro "Uma questão de
Carácter", também de Rui Moreira, deixou claro: "O Rui exige que lhe mostrem como
é que é defendido o interesse público", elogiando o "brilho" que a escrita de
Nuno Nogueira Santos, seu adjunto, acrescentou ao "TAP-Caixa Negra".


Presente ao
lado de Rui Moreira esteve também Luís Valente de Oliveira, o ex-ministro e
mandatário da candidatura do presidente da Câmara do Porto, que prefaciou o
livro. Não quis falar do livro, "o que penso do livro, está dito no prefácio.
Está dito e está escrito", falando, sim, da necessária reflexão que o país tem
que fazer acerca do interesse público, das empresas públicas e do papel das
empresas privadas. Falou, ainda, de regionalização e descentralização. "É muito
estranho que a região que mais exporta seja a mais pobre do país, neste momento,
não era assim há 40 nem 30 anos".


Nuno
Nogueira Santos, o adjunto de Rui Moreira que o ajudou na tarefa de, em tempo
recorde, publicar um livro, com edição do Grupo Almedina, foi curto em
palavras, acrescentando que, "embora possa parecer que foi difícil fazer este
livro, acabou por ser muito fácil". "Quando se sabe muito sobre uma matéria - e
nós sabíamos - e, sobretudo, quando se tem razão, a tarefa fica fácil. E nós
temos razão", concluiu.


Finalmente,
Rui Moreira explicou a razão de ser da publicação e deixou alguns avisos. "Da
próxima vez que quiseram fazer maldades ao Porto, saberão que vão ouvir a minha
voz e hesitarão", disse, assumindo que "este livro é também um aviso à
navegação".


O livro está
à venda nas principais livrarias em todo o país. Hoje será apresentado em
Lisboa, por Miguel Sousa Tavares, na livraria Almedina do Atrium Saldanha,
pelas 18,30 horas, com a presença dos autores.