Mobilidade

STCP continua a chegar à Baixa e operadores privados fecham circuitos no Dragão

  • Notícia

    Notícia

#mno_contas_stcp_01.jpg

Miguel Nogueira

As linhas da STCP que têm o seu término na Rua de Alexandre Braga transitam para a Rua do Bolhão, devido às obras de restauro no mercado, e as que param no Campo 24 de Agosto continuam aí a ter o seu fim de linha. Considerando as outras empreitadas em curso na cidade, que inevitavelmente criam constrangimentos de trânsito, e também a política de sustentabilidade do Município do Porto, todas as operadoras privadas de transportes públicos passam para o Terminal do Dragão, onde a Câmara investiu cerca de 200 mil euros no melhoramento das infraestruturas. Descubra o que muda a partir de 5 de fevereiro.

Por força das obras do Mercado do Bolhão e de outras empreitadas que estão em curso ou que vão avançar em breve na cidade, foi desenhado pela Câmara do Porto um plano de sustentabilidade que tem como objetivo primordial garantir soluções eficazes e confortáveis, tanto para passageiros como para as próprias operadoras.

"Tudo foi avaliado com grande antecedência. Os autarcas e a Área Metropolitana do Porto foram informados, quer no âmbito da UTS - STCP quer em reuniões bilaterais. Também os operadores privados e a STCP foram ouvidos em devido tempo", disse Rui Moreira esta manhã em conferência de imprensa.

No total, 13 linhas de transporte público vão conhecer alterações, sendo que dentro da rede STCP (operadora exclusiva da cidade do Porto), essas mudanças "serão residuais e, nesta fase, sem significado".

A partir de 5 de fevereiro, os autocarros da STCP que param no Campo 24 de Agosto continuam a fazê-lo. Apenas as linhas que têm, atualmente, a sua última paragem na Rua de Alexandre Braga, junto ao Mercado do Bolhão, transitam para a rua do Bolhão, numa alteração que Moreira diz "não ser muito expectável que fique resolvida durante o próximo ano e meio, dois anos".

São elas o 401 (São Roque-Bolhão), o 700+94 (Campo-Bolhão) e o 800 (Gondomar-Bolhão). Excecionalmente, enquadra-se nesta mudança o 94, operado pela Valpi, porque tem um serviço articulado com a STCP (para a linha 700).

Durante o período em que durarem as obras no Bolhão, que Rui Moreira estima que ainda se prolonguem por mais "cerca de um ano e meio", a Rua Alexandra Braga, onde já não circulava transporte individual, e onde passam cerca 235 autocarros por dia, vai ficar sem circulação automóvel. Não obstante, a intermodalidade será sempre uma "opção de futuro", tendo em conta a política de sustentabilidade nomeadamente devido à construção do Terminal Intermodal de Campanhã, na zona oriental da cidade.

Já o 801, que vem de São Pedro da Cova e tem como última paragem a Cordoaria, apenas sofrerá alguns desvios no percurso devido às obras que vão iniciar na Rua de Fernandes Tomás, mas a sua paragem final não mudará de local.

Linhas que passam a terminar no Dragão

Transitam da Rua de Alexandre Braga para o Terminal do Dragão as linhas 55 (Baguim do Monte), 69 (Seixo) e 70 (Ermesinde), operadas pela ETG.

Da Rua de Sá da Bandeira passam para o Dragão o 33 (Valongo) e o 34 (Terronhas).

A linha 27/29 (Boca da Foz do Sousa) que termina no Campo 24 de Agosto, passa também, a partir do dia 5 do próximo mês, para o terminal junto ao Estádio do Dragão.

Por seu turno, do parque de estacionamento municipal Régulo da Megauanha (próximo da Trindade) são deslocadas três carreiras para o Dragão: a 5 (com destino a Modelos), da AE Martins; a linha para Paços de Ferreira (por Frazão e São Roque), operada pela Pacence/Landim; e a linha 1 para Penafiel, operada pela Valpi.

Na prática, todas as operadoras de transporte público privadas que entrem na cidade, via Rua de São Roque, passam a finalizar os seus percursos no Terminal do Dragão.

Investimento no Terminal do Dragão na ordem dos 200 mil euros

No Terminal do Dragão, a Câmara investiu cerca de 200 mil euros no melhoramento das infraestruturas e na criação de outras, para benefício dos operadores e passageiros. Com "abrigos, apoio ao cliente, reforço de sinalética, estacionamento e uma entrada rápida, segura e imediata na rede urbana da STCP e do Metro", estão reunidas todas as condições para fazer uma ligação cómoda e direta ao centro do Porto. Além disso, como suporte, este terminal tem um parque de estacionamento com 840 lugares, lembrou o autarca, que asseverou ainda que a estação de metro do Estádio do Dragão tem funcionado "aquém da sua capacidade".

"É melhor [as pessoas] chegarem ao Dragão, saírem em condições de conforto para o metro e daí chegarem onde querem. A distância vai ser a mesma e provavelmente vai ser mais rápido", considerou Rui Moreira, explicando que a autarquia apenas "alterou paragens, e não percursos".