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Só um voto (CDU) contra contas do Município que receberam aplauso de dois dos três vereadores do PSD

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O relatório de prestação de contas de 2016 foi hoje aprovado
em reunião do Executivo municipal com o voto favorável de 11 dos 13 vereadores.
Só Pedro Carvalho, da CDU, votou contra e dois vereadores do PSD votaram a
favor, aplaudindo as contas de Rui Moreira.


O relatório de prestação de contas de 2016 da Câmara do
Porto - que espelha um ano histórico deredução de endividamento bancário e o maior saldo de gerência de sempre da
autarquia - foi hoje aprovado em reunião do Executivo Municipal apenas com um
voto contra, do vereador da CDU. Pelo contrário, dois dos três vereadores do
PSD elogiaram o exercício exposto no documento e votaram a favor. Ricardo
Almeida absteve-se, alegando haver no texto introdutório do presidente
referências aos mandatos anteriores.


Pela primeira vez no Século, a Câmara do Porto terminou um
exercício com um endividamento bancário inferior a 29 milhões de euros. Este
valor reflete uma redução superior a 62 milhões de euros face a 2013, ano em
que Rui Moreira assumiu a presidência da autarquia. Aliás, a redução da dívida
bancária efetuada no presente mandato foi superior à alcançada no conjunto dos
três mandatos superiores, ou seja, entre 2001 e 2013.

Rui Moreira explicou, no final, que "esta é a política da
formiga e não da cigarra, por essa as pessoas já sabem no que dá", evidenciando
que, "são estas contas e estes saldos que nos permitirão fazer as grandes obras
públicas que temos pela frente, como o Mercado do Bolhão (que está já em
curso), o Centro de Recolha Animal ou o Terminal Intermodal de Campanhã".

Do desempenho financeiro da Câmara do Porto em 2016, é de
destacar uma poupança corrente de 55,2 milhões de euros, como salientou a
vice-presidente do Município, Guilhermina Rego, na apresentação do relatório.
Este desempenho permitiu, além da redução da dívida bancária, a libertação de
meios para aplicação em investimentos importantes para a cidade, designadamente
projetos iniciados no presente mandato, como é o caso do Mercado do Bolhão ou a
reabilitação do Matadouro Municipal. Aliás, em termos de investimento
autárquico verificou-se um aumento de 37,4% (7,1 milhões de euros), uma
performance que teve, pois, como grande fonte de financiamento a receita
própria (sem fundos comunitários) e beneficiou sobretudo as áreas de
reabilitação urbana, habitação, parque escolar e ambiente.

Em termos setoriais, o Município aplicou na Coesão Social 16
milhões de euros; na Cultura 2,7 milhões de euros; no Urbanismo e Reabilitação
Urbana 3,6 milhões de euros; na Educação 6,1 milhões de euros; no Turismo 1,3
milhões; na Segurança 4,4 milhões; no Desporto e Animação 6 milhões; em
Mobilidade e Transportes 8 milhões de euros, e no Ambiente e Qualidade de Vida
24 milhões de euros - uma distribuição que vai ao encontro dos grandes
objetivos estratégicos que orientaram o mandato.