Proteção Civil

Simulacro em grande escala serviu para testar Plano Municipal de Proteção Civil

  • Paulo Alexandre Neves

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O alarme foi dado às 9h15. Na Avenida 25 de Abril, sentido ascendente, um veículo pesado de transporte de mercadorias perigosas (gasóleo) entrou em despiste devido ao piso molhado. Existem informações de outros veículos envolvidos, nomeadamente um pesado de passageiros da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) e outros veículos ligeiros, desconhecendo-se a existência e/ou o número de vítimas.

Face à gravidade da situação foi, prontamente, ativado o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil e convocada a Comissão Municipal de Proteção Civil, que reuniu no Centro de Gestão Integrada (CGI), sob a presidência da vereadora da Proteção Civil, Catarina Araújo.

No terreno, houve necessidade de efetuar alguns condicionamentos de trânsito na Avenida 25 de Abril e zonas adjacentes, assistir às vítimas e evacuar a população. O acidente provocou o derrame de combustível da cisterna do veículo pesado, sendo necessário proceder ao estabelecimento de um perímetro de segurança de 300 metros, conforme estipula a lei.

Por isso, foi também evacuada toda a área. Para além dos moradores, ali existe um Centro de Saúde e uma escola de Ensino Básico (das Flores). Por causa da situação criada, a circulação do metro e de comboio (linha do Minho) teve de ser suspensa.

A agravar a situação, e face ao ruído provocado pelo acidente, as funcionárias do refeitório da Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico das Flores deslocaram-se para ver o sucedido, tendo-se, na sua ausência, desencadeado um foco de incêndio na cozinha, prontamente debelado pelos Sapadores Bombeiros.

No balanço final houve registo para uma vítima em estado crítico, prontamente conduzida para o Hospital S. João, três em estado grave e 13 vítimas ligeiras.

Exercício à escala real

O cenário foi o escolhido para o exercício à escala real (Livex) “Porto Hazmat 22”, que visou testar o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil, que se encontra em fase de revisão, e contribuir para validar a norma (ISO 22320:2018) intrínseca ao Sistema de Gestão de Emergência e ainda a norma (NP EN ISSO 14001) relativa ao Sistema de Gestão Ambiental, uma vez que o cenário pressupunha o derrame de matérias perigosas.

“A resposta foi muito boa, quer por parte da Comissão Municipal de Proteção Civil quer de todas as entidades e meios envolvidos”, sublinhou o comandante do Regimento de Sapadores Bombeiros do Porto, garantindo que “os meios do Município foram suficientes para acorrer a todos os incidentes”.

“O saldo é bastante positivo, envolvendo cerca de 20 entidades”, acrescentou Carlos Marques.

Para além do Regimento de Sapadores Bombeiros estiveram envolvidos no simulacro diversas equipas municipais, Polícia Municipal, Polícia de Segurança Pública (PSP) – Comando Metropolitano, empresa municipal de Ambiente do Porto, Águas e Energia do Porto, bombeiros voluntários do Porto e Portuenses, Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte, Instituto da Segurança Social, delegação do Porto da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), Junta de Freguesia de Campanhã, STCP, Escola de Ensino Básico das Flores, Infraestruturas de Portugal, Comboios de Portugal (CP), E-REDES, REN Portgás Distribuição, Metro do Porto e ANEPC\CDOS do Porto.

Ao final da manhã, e após lavagem do pavimento, a circulação foi restabelecida na Avenida 25 de Abril.