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Sete candidatos admitidos no concurso para a conceção-construção da nova Ponte D. António Francisco dos Santos e acessos

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Miguel Nogueira

Está concluída a fase de qualificação do concurso da empreitada de conceção-construção da nova Ponte D. António Francisco dos Santos e acessos.

De acordo com o relatório final da fase de qualificação, foram admitidos sete candidatos: a empresa Puentes y Calzadas Infraestructuras S.L.U.; o agrupamento de candidatos constituído pelas empresas Alexandre Barbosa Borges, S.A. e Construgomes Engenharia, S.A.; o agrupamento de candidatos integrado pelas empresas Mota-Engil, Engenharia e Construção, S.A. e Omatapalo – Engenharia e Construção, S.A.; o agrupamento de candidatos de que fazem parte as empresas Afavias – Engenharia e Construções, S.A., Casais – Engenharia e Construções, S.A. e Teixeira Duarte – Engenharia e Construções, S.A.; o agrupamento de candidatos formado pelas empresas Ramalho Rosa Cobertar, Sociedade de Construções, S.A. e FCC Construcción, S.A.; o agrupamento de candidatos composto pelas empresas Alberto Couto Alves, S.A., Alves Ribeiro, S.A. e Betar Consultores, Lda.; e, por fim, a empresa Conduril – Engenharia, S.A..

Não obstante alguns deles ainda tenham de confirmar o cumprimento de determinados requisitos exigidos, os candidatos admitidos serão oportunamente convidados a apresentar propostas e terão um prazo de 7 meses para a respetiva apresentação, na qual deverão incluir um Estudo Prévio da solução global da ponte que se propõem executar, cumprindo com os requisitos técnicos de acordo com as peças de concurso.

Lançado no passado dia 25 de junho, pelos municípios do Porto e de Vila Nova Gaia, cuja gestão está a cargo da empresa municipal GO Porto – Gestão e Obras do Porto, a empreitada de conceção-construção da nova ponte consiste num concurso limitado por prévia qualificação, cuja primeira fase do procedimento, agora finalizada, visou a prévia qualificação dos candidatos, em função dos requisitos de capacidade financeira e técnica estabelecidos.

Assim que terminada a fase de concurso, a qual culmina com a adjudicação da proposta ao concorrente vencedor, inicia-se a fase de execução contratual composta por dois momentos. A execução de estudos e projetos, durante os primeiros 12 meses, seguindo-se a execução da empreitada nos 24 meses seguintes, acrescidos de 2 meses para a realização de ensaios, levando assim a conclusão para o primeiro semestre de 2026.

A nova ponte sobre o rio Douro será construída a montante da Ponte de São João e a jusante da Ponte do Freixo, ligando a marginal ribeirinha do Porto – Avenida Paiva Couceiro – a Vila Nova de Gaia, mais propriamente à zona de Quebrantões, da qual nascerá uma nova via de ligação à atual rotunda Gil Eanes.

A Ponte D. António Francisco dos Santos, assim designada em homenagem ao falecido Bispo da Diocese do Porto, terá uma extensão total aproximada de 625 metros, dos quais 300 metros se desenvolvem sobre o leito do rio Douro e os restantes 325 metros sobre terrenos de Vila Nova de Gaia. De destacar que o seu tabuleiro terá duas faixas de rodagem, com duas vias de circulação cada, um separador central, assim como passeios e ciclovias unidirecionais, de ambos os lados.

Em termos de acessos à nova travessia, no Porto, prevê-se a construção de uma rotunda sobrelevada à atual Avenida Paiva Couceiro, interligada a esta através de dois ramos de ligação em viaduto. Pretende-se, contudo, que a continuidade da avenida se mantenha, reservando a atual marginal, sob a rotunda, para usufruto pedonal e dos meios suaves.

Em Vila Nova de Gaia, o acesso à futura ponte será realizado através da construção de uma rotunda e de um novo arruamento com aproximadamente 590 metros de extensão, que por sua vez ligará à rotunda Gil Eanes. A realçar que esse novo arruamento será composto por duas faixas de rodagem, com duas vias de circulação cada, separador central, passeios, ciclovias e estacionamentos. A acrescentar que a rotunda Gil Eanes será também objeto de intervenção de forma a nela se incluir uma ciclovia em todo o seu perímetro.

O preço base do concurso de conceção-construção é de 38,5 milhões de euros e determina um prazo máximo de execução de 1150 dias. O custo da obra, de elevada relevância para a região, será totalmente assumido pelos dois municípios.