Urbanismo

Separação de modos procura assegurar segurança de circulação nas Avenidas Atlânticas

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Afirmar a segurança e reconciliar os cidadãos com o espaço são os grandes objetivos de uma futura reconversão das Avenidas Atlânticas. As propostas oferecidas pelo Município do Porto para intervenção nas avenidas do Brasil e de Montevideu foram apresentadas esta quinta-feira, na Universidade Católica Portuguesa, e estão em auscultação pública até 31 de março.

O vereador com o pelouro do Urbanismo e Espaço Público, Pedro Baganha, lembrou que “estamos a falar de um espaço onde coexistem três modos de transporte: o rodoviário, o ciclável e o pedonal, que são aqui algo incompatíveis, tendo em consideração o diferencial de velocidade”, o que levou a “recorrentes acidentes”.

O autarca reconheceu que uma primeira intervenção nas Avenidas Atlânticas terá “provocado algum desconforto e reprovação por parte dos cidadãos” e que é isso que agora se pretende retificar, garantindo “a segurança dos peões, das bicicletas e o conforto e fluidez do tráfego automóvel”.

Pedro Baganha acredita que “nestas avenidas, a coexistência entre peões e bicicletas não é possível” e que, portanto, “a segregação dos modos é a solução” para “disciplinar este espaço público”.

Entre as propostas encontradas, umas serão “mais simples e rápidas de implementar, outras mais complexas, mais lentas e mais caras”. “Não há qualquer pré-conceito relativamente a qualquer solução”, afirma o vereador do Urbanismo e Espaço Público, que assume que o Município olha para esta auscultação “de coração aberto, com as cartas na mesa”. É, inclusive, admitida a chegada de “soluções que não nos ocorreram”. “Estamos na disposição de ser surpreendidos e persuadidos”, afirma o autarca.

Sem poder afirmar com certeza o custo de qualquer uma das propostas, Pedro Baganha estima que o valor poderá rondar “entre um e dois milhões de euros” se se optar por uma solução que implique construção civil, ou algo “na casa das centenas de milhares” para uma “solução balde de tinta”.

Para o presidente da União das Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, Tiago Mayan Gonçalves, “o que hoje se inicia é o momento em que vocês, os cidadãos, são os protagonistas”.

Fruto de uma intervenção em 2019, “sempre houve uma incompreensão unânime quanto ao resultado”, assume o presidente da União de Freguesias, acrescentando que “todos nós defendemos uma reanálise”. Tiago Mayan Gonçalves espera que esta “seja uma oportunidade de envolvimento e de reconciliação dos cidadãos com este espaço”.

No período aberto a responder a questões que a intervenção suscita, os munícipes presentes enalteceram a iniciativa que os envolve na escolha do futuro projeto para as avenidas do Brasil e de Montevideu.

As propostas, apresentadas na sessão pela arquiteta dos serviços técnicos do Município, Maria Ana Graça, estão a partir de agora, e até dia 31 de março, abertas para auscultação pública através da plataforma avenidasatlanticas.cm-porto.pt para que, em abril, seja tomada a decisão definitiva a implementar.