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“Selvagem” de Marco Martins reflete sobre o uso da máscara no Teatro Campo Alegre

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Bruno Simão

O Teatro Campo Alegre recebe, nesta sexta-feira e sábado, o novo espetáculo de Marco Martins, “Selvagem”, uma reflexão sobre o uso da máscara em práticas ritualísticas que, desde tempos imemoriais, marcam, coletivamente, em vários pontos da Europa, momentos cruciais como equinócios e solstícios, integrando personagens como o Homem Selvagem, o Urso, a Cabra ou o Diabo.

“Selvagem” resulta de uma investigação sobre o significado ancestral da máscara e a complexidade inerente à multiplicação e intersecção de identidades, feita durante um périplo por aldeias remotas. O encenador e realizador visitou Podence, em Trás-os-Montes, foi à Roménia, à Moldávia e à Sardenha. Mergulhou nas paisagens rurais para descobrir o universo dos caretos e suas máscaras.

Em “Selvagem”, oito homens ligados à agricultura, caretos de Podence e sardos são os protagonistas.

O realizador de “Alice”, “São Jorge” e "Como Desenhar um Círculo Perfeito" conta que a ideia de fazer este espetáculo surgiu há cerca de quatro anos após a leitura do livro “Wilder Man”, com imagens captadas pelo fotógrafo francês Charles Fréger, a partir de uma recolha de máscaras de toda a Europa.

Depois da estreia na Culturgest, no passado fim-de-semana, “Selvagem” chega ao Porto dias 1 e 2 de abril, com sessões às 19,30 horas. Na sexta-feira, o espetáculo terá Interpretação em Língua Gestual Portuguesa (ILGP) e, após o espetáculo, há uma conversa com moderação de António Guerreiro, no âmbito do programa Paralelo – Programa de Aproximação às Artes Performativa.

Os bilhetes para “Selvagem” custam 9 euros e estão à venda no Teatro Rivoli, Teatro Campo Alegre e online.