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Seiva Trupe celebra o Teatro em torno de um piano e de um coreto

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“Três mulheres em torno de um piano” era o convite oficial para a festa do 49.º aniversário da Seiva Trupe este domingo, no Dia Mundial do Teatro. No entanto, antes de subir ao palco daquela que é, a partir de agora, a sua residência fixa, na Sala Estúdio Perpétuo, a companhia portuense chamou a música dos Balklavalhau ao Coreto da Praça do Marquês.

A peça, explica o seu autor e encenador, Jorge Castro Guedes, que é também o atual diretor da companhia, “é uma comédia roxa sobre o proxenetismo sexual e da terceira idade, uma história ilógica, absurda e desconcertante que no fim nos dá um murro no olho, quando nos vemos ao espelho com a nossa consciência”.

Escrita há dez anos, esta versão estreou no Dia Mundial do Teatro, na Sala Estúdio Perpétuo.

A trazer teatro à cidade desde 1973, a Seiva Trupe tem, entre os papéis principais, o reconhecimento, em 1993, como entidade de utilidade pública e, em 2010, a condecoração pelo Presidente da República com o grau de membro honorário da Ordem do Mérito.

Há algum tempo que procurava um lugar na cidade a que chamar “casa”. Encontrou-o na Sala Estúdio Perpétuo, fruto também do esforço da Câmara Municipal em “chamar a si o compromisso de intervencionar e equipar” o espaço, partilhava o encenador, Jorge Castro Guedes, em entrevista ao JN, confessando que este momento “mais do que uma alegria, foi um alívio”.

As portas do antigo Cinema Estúdio, inserido no complexo do Perpétuo Socorro, voltaram a estar abertas para à população desde outubro para ali receber sessões de cinema, concertos, exposições, oficinas, sem esquecer a vertente educativa que está na sua génese. E, agora, regularmente, a Seiva Trupe.

“Três mulheres em torno de um piano” pode ser visto até 11 de abril às segundas e quintas-feiras, às 21,30 horas, e, às sextas-feiras, sábados e domingos, às 19 horas.