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Segurança e limpeza dão balanço positivo à operação montada para receber a Liga das Nações da UEFA

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Porto.

A segurança exemplar vivida na cidade durante a final da Liga das Nações da UEFA, no passado domingo, os efeitos do plano de mobilidade posto em execução, a quase nula existência de ocorrências médicas e o estado de limpeza com que a cidade se apresentou logo após o jogo permitem fazer um balanço francamente positivo da operação montada conjuntamente pela Câmara do Porto, UEFA, PSP e demais entidades.

Dada por encerrada à uma hora da madrugada de segunda-feira - após os festejos pela vitória de Portugal que levaram a Seleção Nacional a ser recebida nos Paços do Concelho e a assomar à varanda - a operação não registou qualquer situação extraordinária relacionada com a segurança.

De resto, mostraram-se eficazes a sinalização prévia de grupos de adeptos com potencial de perturbação da ordem pública e a circunscrição de perímetros aconselháveis para cada claque. A vasta operação incluiu também a interdição de trânsito automóvel e o controlo de acesso com revista individual à zona dos Aliados, bem como vigilâncias nas outras zonas "quentes" da cidade, tendo as manifestações emocionais sido mantidas dentro dos limites do equilíbrio entre o natural ambiente de festa e a necessária ordem pública.

Ao mesmo tempo, e de acordo com a Proteção Civil, não foram praticamente registadas ocorrências policiais ou de saúde no dia da final: de um total de nove situações nos Aliados, Ribeira e Alfândega, apenas uma mereceu evacuação hospitalar. As restantes consistiram em episódios ligeiros e resolvidos no local de casos como ansiedade, entorses, escoriações ligeiras ou hipoglicemias.

Por outro lado, o Município preparou também um plano de intervenção a nível de higiene urbana, nomeadamente com reforço dos meios intervenientes, de forma a assegurar a limpeza do espaço público e garantir a recolha dos resíduos e o seu posterior encaminhamento para valorização.

Neste caso, a operação prolongou-se pelos cinco dias de competição e abrangeu os Fan Meeting Points, com particular incidência no da Avenida dos Aliados, e as imediações do Estádio do Dragão. Assim, foi reforçada a contentorização já existente na zona dos Aliados, com a inclusão de mais 40 contentores de embalagens de plástico/metal e papel/cartão, num total de 60 contentores de ambas as frações, e a inclusão de mais 10 contentores de resíduos indiferenciados, num total de 20 contentores.

No que diz respeito à limpeza urbana, a empresa municipal Porto Ambiente garantiu em cada um dos dias a presença de 30 cantoneiros apoiados por cinco varredoras, um lava-ruas e vários piquetes que asseguraram a limpeza e varredura, tanto da zona dos Aliados como na do Dragão, durante e após o jogo final Portugal-Holanda.

Recorde-se que, tendo em conta eventos análogos a este, nos quais foram recolhidas cerca de 18 toneladas de vidro, a utilização de recipientes de vidro ou metal naqueles espaços foi restringida por razões de segurança e houve ações de sensibilização prévia junto dos comerciantes de bebidas e do público em geral. Como resultado, no global da operação dos cinco dias foi possível recolher um total de 12 toneladas de resíduos, sendo que a quantidade de vidro recolhido aí incluída é praticamente residual.

Não obstante ser feriado e ter recebido em simultâneo o festival NOS Primavera Sound, a cidade acordou assim em condições de limpeza para o dia 10 de junho e sem memória de episódios que pudessem manchar o ambiente festivo.

Aliás, a operação montada e executada no Porto por estes dias foi elogiada por várias instâncias e sob diversos aspetos. Desde logo, por Cristiano Ronaldo na varanda da Câmara, mas também pela UEFA e outras entidades. Além disso, no parâmetro da segurança, o Porto recebeu também elogios do comandante da polícia nacional do Qatar, que esteve por estes dias no Porto a colher conhecimentos para a operação que terá de montar quando o seu país receber o Mundial de Futebol de 2022.

Segundo as estimativas da PSP, a semana da competição trouxe ao Porto entre 20 e 25 mil adeptos ingleses, 6 a 8 mil adeptos holandeses e cerca de 2 500 suíços.
Esta força policial iniciou a operação no dia 3 e envolveu cerca de 9 000 agentes nos efetivos mobilizados para o Porto e Guimarães (além de operacionais das polícias inglesa e holandesa), tendo sido escalados cerca de 2 500 para as ruas do Porto no dia da final (domingo), além de 300 veículos e 168 horas de trabalho.