Sociedade

Rota Porto-Malpensa

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A companhia
aérea Ryanair anunciou hoje, em conferência de imprensa, na Câmara do Porto,
que vai operar, a partir de 1 de setembro, a rota Porto - Milão (Malpensa). As
ligações à cidade italiana serão descontinuadas pela TAP a partir do dia 27
deste mês e são consideradas fundamentais para setores da economia nacional,
sediados no Norte do país, como o calçado e o têxtil.


O anúncio
segue-se a um desafio lançado por Rui Moreira à Ryanair, feito a 16 de
fevereiro, quando o diretor de rotas da companhia, Niall O'Connor, e o
presidente da Câmara do Porto se reuniram para estudar alternativas às
operações descontinuadas pela TAP.


O diretor de
rotas da companhia low-cost explicou que está a tentar ganhar espaço no
aeroporto Francisco Sá Carneiro e quer voar para mais destinos a partir da
Invicta, sendo Malpensa, em Milão, um deles.


A Ryanair disponibiliza
a rota a partir de 1 de setembro e arranca com quatro ligações ao aeroporto italiano
para o qual a TAP deixou de voar, com um preço inicial de 26.99 euros. A
Ryanair já opera neste momento para Milão, via Bergamo, e também essa ligação
será incrementada, com onze ligações semanais.


Niall
O'Connor acredita que a rota será rentável para a companhia aérea, tendo em
conta, sobretudo, a procura que Malpensa tem por parte dos empresários do Norte,
do têxtil e do calçado.


"Ficamos
muito satisfeitos e temos a certeza que isto vai ter muito impacto, não só no
turismo, mas para os empresários", referiu o presidente da Câmara do Porto.


"Acreditávamos
que havia um mercado, que valia a pena. Para nós, Malpensa era muito
importante, é uma matéria referida pela indústria do calçado e têxtil, e também
por muitos emigrantes, [porque o aeroporto de Malpensa] serve uma parte da nossa
emigração na Suíça", sustentou o autarca do Porto, que classificou esta ligação
como "absolutamente crucial do ponto de vista industrial e da atratividade da
cidade".


Na
conferência de imprensa, quer Rui Moreira quer Niall O'Connor negaram que a
companhia seja ou tenha sido subsidiada pela Câmara do Porto. Rui Moreira
explicou que nenhuma companhia é subsidiada, explicando que existiu, no passado,
um programa de incentivos levado a cabo pelo Turismo de Portugal e pela ANA que
apoiava a criação de novas rotas turísticas, mas que incluía todos os
aeroportos e todas as companhias aéreas.