Política

Rui Moreira reitera que a acusação sobre o caso Selminho “não tem qualquer fundamento”

  • Isabel Moreira da Silva

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O presidente da Câmara do Porto declarou esta tarde, já depois de saber que vai a julgamento sobre o caso Selminho, que “nada de novo” resulta desta decisão, e que esta “não me deu, nem tirou, razão”. Rui Moreira reitera que o processo “é completamente destituído de fundamento” e recorda que a posição do município foi definida “muito antes de ser presidente de Câmara” e que a mesma não foi por si alterada.

Numa conferência de imprensa que convocou para a Sala D. Maria, nos Paços do Concelho, o autarca assentou que esta é uma decisão “não muda absolutamente nada” relativamente à sua maneira de ver o processo. “É absolutamente inequívoco que não tive qualquer participação em qualquer processo em que estivesse envolvida a minha família e não tomei direta ou indiretamente, ou por qualquer interposta pessoa, qualquer decisão que alterasse a posição do Município em qualquer processo judicial”, declarou.

Rui Moreira disse que procurou evitar o prolongamento do processo, “sem recorrer a qualquer expediente dilatório”, entendendo que o mesmo tinha custos desnecessários já que, assinalou “tal como há quatro anos, estamos perante um processo que surge em vésperas de eleições”, lamentando não ter sido esse o entendimento da juíza de instrução.

O presidente da Câmara afirmou também na sua declaração, durante a qual esteve rodeada pela sua equipa de vereadores, “tudo o que respeita à relação do Município com a sociedade Selminho teve início em 2006 e o processo judicial entre o Município e a Selminho teve o seu início em Dezembro de 2010, muito antes de eu ser presidente da Câmara e numa altura em que nem sequer equacionava tal hipótese”.

Por isso, adiantou, “a posição do Município foi definida nessa altura e nunca foi por mim alterada”, além de que deixou claro o advogado da câmara e o diretor ou técnico municipal se mantiveram os mesmos. “Até a Vereadora que interveio já ocupara esse cargo executivo no mandato anterior ao meu”, acrescentou.

Rui Moreira considerou, por esse motivo, ser “um insulto e uma infâmia que se possa, sequer, por a hipótese de eu poder ter beneficiado a minha família”, tanto mais que a família “acabou por perder os seus terrenos a favor da Câmara, e isso sucedeu exatamente neste meu mandato”, frisou.

O presidente da Câmara do Porto considerou ainda serem estes “tempos perigosos” em que “os adversários se comportam como inimigos”.

Referindo também que não ignora a existência do processo, e que nunca se refugiou nem refugiará “em nenhum argumento processual para não falar sobre ele”, Rui Moreira finalizou a sua intervenção assegurando que aguentará “inabalável como o granito”.

Veja aqui a declaração do presidente da Câmara do Porto na íntegra.