Sociedade

Rui Moreira ouviu preocupações dos trabalhadores da Petrogal

  • Isabel Moreira da Silva

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Rui Moreira esteve na Avenida dos Aliados para ouvir os trabalhadores da Petrogal, que se concentraram esta tarde em frente à Câmara do Porto. O autarca entende que as preocupações manifestadas são legítimas, mas recorda que o seu papel não pode ser de “ingerência”.

O presidente da Câmara do Porto, que falou com Telmo Silva, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente (SITE) do Norte, e com representantes da comissão de trabalhadores, afirmou no local que, como sempre faz quando se realizam este tipo de manifestações, gosta de ouvir as preocupações dos trabalhadores de viva voz.

Na presença também da comunicação social, Rui Moreira disse estar solidário com aquelas que são as incertezas quanto ao futuro dos trabalhadores, mas, por outro lado, referiu que sendo a transição energética uma das prioridades assumidas pelo Governo Português, e compreendendo ainda que a empresa esteja a ter prejuízos avultados em manter a operação da refinaria de Matosinhos, considerou que não lhe cabe a si tecer qualquer comentário sobre a estratégia da Galp, pois isso poderia configurar uma “ingerência” num assunto que não lhe diz diretamente respeito.

Ainda assim, questionou se não seria razoável o Governo intervir no encerramento da Petrogal, depois de ajudar a TAP com 1.500 milhões de euros.

"O que pergunto é se é razoável ajudar a TAP com 1.500 milhões de euros para manter uma operação que, neste momento, por razões conjunturais, não é sustentável, não seria que o Governo também deveria intervir nesta matéria [fecho da refinaria] para garantir a falha de mercado e não perdermos esta capacidade", indagou Rui Moreira.

Em declarações aos jornalistas, o autarca informou que na quarta-feira à noite falou com a presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro, e também já encetou contactos com a administração da empresa. Mas deixou claro que “a diplomacia que a Câmara do Porto tem de fazer relativamente a um equipamento muito relevante para a região, mas que não está na cidade do Porto, tem de ser feito com respeito pelos autarcas vizinhos”.

Para o presidente da Câmara do Porto, é compreensível que os trabalhadores estejam legitimante preocupados, considerando que está em causa a extinção de postos de trabalho.

(ATUALIZADA)