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Rui Moreira entrevistado pela maior revista brasileira sobre a cidade do Porto

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A maior revista brasileira, a Veja, que semanalmente vende mais de 1,3 milhões de exemplares, entrevistou Rui Moreira, publicando a matéria na sua mais nobre secção, este fim-de-semana. Nas "páginas amarelas", a Veja publica entrevistas a personalidades brasileiras e estrangeiras de primeiro plano, como Barack Obama e Karl Lagerfeld.

Intitulada, "O político sem partido", a entrevista, que está também disponível numa versão online e em destaque na home-page da publicação, antecipa no lead: "O prefeito de Porto, Rui Moreira, explica por que nunca se filiou a legenda alguma, como ganhou a eleição e o que tem feito para atrair investimentos e transformar a segunda maior cidade de Portugal em um "laboratório de inovação".

Escrito por Fernanda Alegretti, o artigo sublinha que Rui Moreira ganhou as eleições em 2013 de forma surpreendente e sem estar filiado, depois de passar tardes inteiras ouvindo os moradores do Porto.

Sobre o posicionamento ideológico de Rui Moreira, o autarca esclarece numa das respostas: "No âmbito social, sou de esquerda. Na organização do Estado, de direita. Sou uma pessoa tipicamente do centro, da social-democracia. Nunca fiz parte de partido algum".

O presidente da Câmara do Porto explica ainda o que tem feito para dar resposta ao que, durante a campanha eleitoral, foi ouvindo: "O aspecto mais importante foi a democratização da cultura. Nossa cidade sempre teve templos de cultura, mas tudo era muito elitizado e estratificado. Havia uma segmentação da cultura na cidade. O que fizemos foi proporcionar um conjunto de atividades, espalhamos cultura pela cidade e a democratizamos. Essa atitude teve resultado muito rápido. Na parte social, criamos programas intensos relacionados à sociedade civil. Portugal, durante anos, investiu muito no estado de bem-estar social, com educação e saúde gratuitas, que funcionavam bem. O estado conseguia responder às demandas dos cidadãos. Com a crise, que em Portugal começa em 2002, o cenário muda de figura. Surge o que chamo de uma nova pobreza, pessoas que se tornaram pobres e não sabiam ser pobres. Tivemos que garantir a sustentação social dessas pessoas."

Sobre a posição de Portugal na Europa, o autarca esclarece a jornalista brasileira: "Infelizmente, somos periféricos na Europa. Temos que saber viver como periferia. Andamos 500 anos descobrindo o mundo e olhando a Europa de lado.

Durante a longa entrevista, Rui Moreira explica o que o Porto está a fazer para atrair investimento, fala do turismo e, finalmente, sobre a próxima campanha eleitoral. Escreve a Veja: "Simples. Vou para a rua falar com meus cidadãos e apresentar o meu projeto, que é de continuidade. Acho terrível essa história de ser prefeito e candidato ao mesmo tempo, então, vou tirar férias para tocar a campanha."

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