Sociedade

Rui Moreira condecorado com o Colar de Mérito Pedro, o Libertador

  • Paulo Alexandre Neves

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O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, recebeu hoje o Colar de Mérito Pedro, o Libertador, condecoração atribuída pelo Conselho de Minerva, entidade não-governamental que reúne as associações de antigos alunos (Alumni) e alguns destacados antigos alunos e amigos da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

“É, sem dúvida, uma honra ser reconhecido com uma comenda que celebra os extraordinários feitos de D. Pedro enquanto monarca de duas nações-irmãs, Portugal e o Brasil”, afirmou Rui Moreira, lembrando que, este ano, se celebram o bicentenário da independência do Brasil, os 190 anos do desembarque do Mindelo e os 187 anos da Convenção de Évora Monte. “Estes acontecimentos mudaram o curso da história de Portugal e do Brasil e refletem o notável legado político de D. Pedro”, sublinhou.

Para além do presidente da Câmara, de vereadores do Executivo e do presidente da Assembleia Municipal, participaram na cerimónia, que decorreu no salão nobre dos Paços do Concelho, o presidente do Conselho de Minerva da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Sebastião Amoêdo de Barros, e a diretora científica do Conselho de Minerva da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da diretoria da Federação Mundial das Associações de Saúdes Públicas, Sónia Groisman.

“É muito gratificante receber uma comenda que enaltece a importância do Porto na extinção das instituições do Antigo Regime, tanto em Portugal como no Brasil”, frisou Rui Moreira, adiantando que o colar que acabara de receber, “ao evocar D. Pedro IV de Portugal e I do Brasil, consubstancia os valores e idiossincrasias que identificamos no ‘Rei Libertador’ – honra, bravura, lealdade, convicção e liberdade”.

“D. Pedro tinha efetivamente uma grande cumplicidade com a cidade do Porto, forjada nas batalhas pela causa liberal. Cumplicidade, essa, que perdura até hoje e tem no coração depositado na Igreja da Lapa o seu maior símbolo. O ‘Rei Soldado’, como também ficou conhecido, é uma figura emblemática da cidade e personifica muitos dos seus valores identitários, como a liberdade, a igualdade, a justiça ou o pluralismo”, acrescentou o autarca portuense, que, para além desta comenda, já tinha sido agraciado, em agosto, no Palácio Itamaraty, em Brasília, com a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, Grau Comendador, condecoração criada justamente por D. Pedro I.

“O Porto é um sentimento”

O presidente do Conselho de Minerva da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Sebastião Amoêdo de Barros, justificou a condecoração ao presidente da Câmara do Porto “por ser alguém independente, também nas suas convicções, no seu modo de fazer as coisas, conservando esta cidade como antiga, leal e, acima de tudo, Invicta, por dote de D. Pedro”.

E o Porto, segundo Sebastião de Barros, “não é uma cidade, uma região, um território. O Porto é um sentimento. É extremamente pressuroso de se ouvir e dizer isso. E se o Porto é um sentimento, o dr. Rui Moreira sente o Porto. Esse elogio a um gestor público, como o ouvimos na visita que fizemos ao Politécnico de Leiria, é inigualável”.

Para além do colar, o presidente do Conselho de Minerva ofereceu ao autarca do Porto um livro, intitulado “Brasil, 200 anos de independência: 1822 – 7 de setembro – 2022”. Após a cerimónia, os representantes do Conselho de Minerva deslocaram-se à igreja da Lapa onde depositaram uma coroa de flores no mausoléu de D. Pedro IV. Aliás, a Irmandade da Lapa é a primeira, na lista de 122 personalidade e instituições portuguesas e brasileiras, que o Conselho de Minerva já condecorou.