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Rui Moreira apresenta estratégias de desenvolvimento da cidade em fórum internacional na Irlanda

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O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, integrou remotamente, nesta quinta-feira, o painel “Stories of places that are breaking the mould”, integrado no fórum “Better strategies for stronger communities”, promovido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

Na sua intervenção, Rui Moreira começou por falar da forma como o 25 de Abril de 1974 fez com que o Porto perdesse importância estratégica e económica no país, através da nacionalização dos bancos e companhias de seguros, que foram concentradas em Lisboa. O autarca fez também alusão ao congelamento das rendas que foi determinado nessa altura e que levou, em grande parte, à degradação dos centros urbanos, com as casas a deteriorarem-se e as pessoas a abandonarem o centro da cidade.

Para o autarca, "o ponto de viragem dá-se em 2001, com o Porto como Capital Europeia da Cultura, em conjunto com Roterdão, o que permitiu mostrar a cidade na Europa e atrair novos públicos". Destacou também o papel do Futebol Clube do Porto enquanto embaixador da cidade, bem como a evolução do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, que é atualmente considerado um dos melhores aeroportos europeus na sua categoria de média dimensão.

O papel da vinda da companhia de aviação de baixo-custo Ryanair é também referido pelo presidente da Câmara do Porto no contributo para impulsionar o turismo na cidade.

Entretanto começam-se a colher os frutos destas dinâmicas e a regeneração urbana inicia-se no miolo da cidade, continuou.

Ao ganhar as eleições, enquanto independente, em 2013, Rui Moreira assume os destinos do Município com "uma perspetiva de crescimento e de internacionalização para cidade", dimensões que lhe faltavam, segundo analisou.

O contraciclo económico imposto pela pandemia, bem como a atual situação de guerra na Ucrânia, que já originou inflação dos preços, foram igualmente observados pelo autarca como fatores que, a nível global, condicionam o crescimento das cidades, embora considere que a retoma já se faz sentir e que rapidamente as cidades chegarão aos níveis de crescimento pré-pandemia.

Para o futuro, Rui Moreira frisou perante a plateia internacional que quer apostar cada vez mais na mobilidade sustentável e em devolver o espaço público aos cidadãos. Neste âmbito, elencou um conjunto de medidas que o Município do Porto tem vindo a protagonizar como os transportes públicos gratuitos até aos 18 anos (com o Andante Porto. 13-18); o investimento numa frota de autocarros da STCP movidos a hidrogénio; as coberturas de edifícios com painéis solares capazes de produzir energia; e a aposta em comunidades energéticas. Tudo com o grande objetivo estratégico de atingir neutralidade carbónica até 2030 ( de acordo com o que preconiza o Pacto do Porto para o Clima).

O painel contou com as participações do titular da pasta da Economia e Finanças do Governo basco, Iñaki Barredo Ardanza, e da responsável pela estratégia industrial da área metropolitana de Manchester, Lisa Dale-Clough, entre outros representantes das autoridades locais de Cork, cidade onde este encontro da OCDE decorre.

A participação do Porto no fórum “Better strategies for stronger communities” contemplou, ainda, a presença do vereador da Economia, Emprego e Empreendedorismo, Ricardo Valente, num workshop dedicado à população jovem e emprego de futuro.

O fórum da OCDE abordou as questões do desenvolvimento local e decorreu em formato misto, presencial e remoto. Teve início na quarta-feira, dia 15, e termina hoje em Cork, na Irlanda.