Mobilidade

Rui Moreira admite reabilitar mais Avenida da Boavista mas aguarda fundos comunitários

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O presidente da Câmara do Porto admitiu hoje vir a lançar novas empreitadas de reabilitação da Avenida da Boavista, revelando que aguarda a disponibilização de fundos comunitários a que a autarquia já se candidatou. Rui Moreira lembra que em 10 anos se reabilitou apenas metade da extensão, no valor aproximado de 11 milhões de euros, e que quase metade aconteceu já no seu mandato, ou seja, no espaço de um ano. O autarca diz ainda que "a cidade tem outras prioridades e esta não é das mais prementes. Faremos mais requalificação à medida que pudermos".

Ainda assim, o presidente da Câmara admitiu "completar a
requalificação" da avenida da Boavista, o que poderá custas mais de 10 milhões de euros, desde que a atual obra venha a ver as candidaturas apresentadas ao QREN em "overbooking" (última hora), venham a ser aprovadas.


 


"Se não houver candidatura aprovada, não prevejo, neste
mandato, lançar novas obras na avenida da Boavista", frisou Rui Moreira,
referindo-se aos 2,3 quilómetros daquela artéria (entre o acesso ao estádio do
Bessa e o Parque da Cidade) cuja empreitada não foi adjudicada pelo anterior
executivo.


 


O autarca explicou ter candidatado a
fundos comunitários a obra "de cerca de cinco milhões de euros" em execução na parte
nascente da avenida, o que pode permitir um reembolso de "cerca de três milhões
de euros". Apenas com este dinheiro Moreira admite avançar para a
requalificação do troço em falta, e mesmo este, faseadamente.


 


"Esta parte do projeto não está planeado, a não ser se
houver uma porta aberta pelo overbooking. Mas o overbooking é uma lotaria neste
momento", disse, alertando estar em causa "um montante muito significativo
no orçamento municipal". Rui Moreira recorda que, quando chegou à Câmara, em outubro de
2013, "o concurso da empreitada para o troço nascente estava lançado" e a obra
"tem sido levada a cabo" de acordo com o que "estava agendado".


 


"O custo total da empreitada é de cinco milhões de euros,
que correspondem ao investimento feito nos últimos 10 anos", revelou ainda o
autarca, que reconhece que "a avenida precisa, toda ela, de
ser requalificada", mas alerta que tal tem de ser feito "em função dos recursos
disponíveis".


 


O autarca chama ainda a atenção para todos os
"constrangimentos e implicações" de mais obras na "maior avenida da cidade",
nomeadamente ao nível do trânsito. "Seria impossível fazer a obra completa de uma vez só. As
pessoas percebem que é um corredor fundamental, que abastece a Via de Cintura
Interna, que tem hotéis, escolas?", descreveu.


 


A Câmara do Porto revelou na segunda-feira à Lusa não
pretender requalificar o troço da Avenida da Boavista situado entre a rua O
Primeiro de Janeiro/Bessa e o Parque da Cidade (2,3 quilómetros), concluindo
apenas a empreitada lançada pelo anterior executivo, cujas últimas fases de
obra começaram na terça-feira entre as ruas de António Cardoso e O Primeiro de
Janeiro, com um prazo de execução de cinco meses.



A Avenida da Boavista começou a ser recuperada em 2005, no
troço poente, entre a Praça Gonçalves Zarco e uma das entradas no Parque da
Cidade. Em 2011, a Câmara voltou a intervir naquele troço, com a instalação de
floreiras e ciclovia, numa obra avaliada em 800 mil euros.