Mobilidade

Rotatividade de estacionamento devolve espaço público à zona empresarial a partir de março

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Filipa Brito

Seguindo a política de promoção do uso do transporte coletivo na cidade, a zona empresarial do Porto vai passar a ser uma Zona de Estacionamento de Duração Limitada (ZEDL) já a partir de 1 de março. Objetivo é devolver o espaço público através da rotatividade, à semelhança do que já acontece na Asprela. Estarão disponíveis títulos diários de estacionamento.

"Temos que perceber que uma política de mobilidade para a cidade do Porto passa, também, para o estacionamento", sublinha o vereador do Urbanismo e Espaço Público.

Pedro Baganha defende que “não é possível termos um discurso, que é razoavelmente unânime, de dizer que um dos problemas da mobilidade no Município do Porto diz respeito ao excesso de utilização de automóvel particular e, quando falamos de zonas tão bem servidas de transporte coletivo, como esta, não promovermos a sua utilização, não dissuadimos o número de automóveis a circular na cidade”.

A partir de 1 de março, estacionar nas ruas de Manuel Pinto de Azevedo e do Engenheiro Ferreira Dias, assim como na Avenida Fontes Pereira de Melo, terá um custo de 40 cêntimos por hora. Será possível adquirir um bilhete diário (até dez horas de estacionamento) por 2,40 euros.

A ZEDL pode ser utilizada gratuitamente por portadores de cartão de estacionamento para pessoas com deficiência, estando assinalados os lugares – igualmente gratuitos – para motociclos e ciclomotores.

“O espaço público é isso mesmo: é público. E cada vez que temos um automóvel estacionado no espaço público estamos, na prática a privatizá-lo a prazo”, considera Pedro Baganha.

O vereador refere que este “é um debate que se faz em quase todas as cidades europeias e temos que começar a perceber que, de facto, a utilização deste bem coletivo, que é o espaço público, não pode ser feita de uma forma desregrada”.

“E não pode ser feita de forma gratuita em algumas áreas mais pressionadas”, acrescenta, lembrando que o Município do Porto “avalia diariamente em que ruas faz sentido termos estacionamento pago ou livre”. “Este é um esforço que deve ser incorporado nas políticas municipais”, conclui.