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Restam três semanas para ver três exposições “a não perder” no Museu da Cidade

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O bom tempo convida a sair de casa, e há propostas culturais no Museu da Cidade que estão já nas últimas semanas de apresentação.

A poucas semanas do encerramento de três exposições patentes nos diferentes núcleos do Museu da Cidade, fica a sugestão: porque não percorrer os universos reais e oníricos de autores convidados de diferentes áreas? Dia 11 de setembro, data de fecho destas apresentações, não tarda. Todas têm entrada livre e podem ser visitadas de terça-feira a domingo, entre as 10h e as 17h30.

Mouzinho: da Ribeira ao Aeroporto

Da autoria do geógrafo Álvaro Domingues e do arquiteto Ivo Poças Martins, esta seleção de documentos e registos retrata a história de uma veia fundamental da cidade. A exposição traça um retrato inovador da Rua de Mouzinho da Silveira, na baixa da cidade, do ano de 1872 até à atualidade. Uma viagem que faz cruzar tempos, lugares, cidadãos e práticas urbanas. Da Ribeira a São Bento, a artéria acompanhou as grandes ruturas do seu tempo. Mas hoje, da Ribeira ao Aeroporto, há recentes centralidades numa nova urbanização em curso. É nesta viagem do passado ao futuro que embarcamos, com documentos impressos e audiovisuais para consultar (livremente) na Casa do Infante.

Do Planalto se Dobra a Montanha

A árvore é o elemento favorito de Maria Capelo e perpassa (literalmente) toda a sua criação. A partir de uma construção visual e semântica, que se aproxima de um trabalho mais poético, o trabalho da artista aborda os dois tempos da paisagem: o geológico, lento e alheio à ação humana, e o presente, onde a fragilidade é uma das marcas dominantes. Numa parceria com a Galeria Zé dos Bois, esta mostra, com curadoria de Natxo Checa e Nuno Faria, pode ser visitada no Triplex, um espaço de três salas onde são concebidos projetos expositivos em parceria ou coprodução. Fica dentro do Palacete Viscondes de Balsemão, paredes-meias com o Teatro e a Praça de Carlos Alberto.

Vento Espesso

Se Maria Capelo tem uma exposição no Palacete dos Viscondes de Balsemão, a autora “contamina” o Gabinete do Desenho da Casa Guerra Junqueiro com outra reflexão. “Vento Espesso” é um dos reflexos da obra desenvolvida pela pintora nascida em Lisboa, mas neste caso sobre a dicotomia revelar/esconder. A partir de desenhos e pinturas, e tendo a árvore como denominador comum, explora-se a existência ou inexistência de determinado objeto, a sua materialidade e a sua clarividência. Assumidamente secreto “por vocação e convicção”, o trabalho da pintora eleva a luz ao patamar superior, com marcas evidentes no desenho e pintura.