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Repostas as linhas, residentes do Porto terão desconto no passe de autocarro para Braga

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Representantes da Comissão de Utentes da Linha Braga-Porto via A3 foram recebidos, na manhã desta quinta-feira, nos Paços do Concelho, pelo presidente da Câmara do Porto, na sequência da supressão de autocarros com a entrada em funcionamento da nova operadora de transportes da Área Metropolitana do Porto (AMP). Rui Moreira garantiu que os residentes do Porto terão desconto no valor dos passes mensais, como já é concedido aos bracarenses, e que, já a partir de sexta-feira, dia 22, as ligações entre as duas cidades aumentam de 15 para 17.

“Nós não perdemos tempo”, afirmou o autarca, no final da reunião, onde também estiveram o chefe de gabinete, Vasco Ribeiro, e o adjunto do presidente para a área dos transportes, André Brochado. Recorde-se que o Município do Porto assegurou, no início de dezembro, o serviço de transporte rodoviário de passageiros entre Porto e Braga, cuja autorização provisória, emitida pela AMP, terminou no final de novembro, antes deste passar a ser gerido pela Comunidade Intermunicipal (CIM) do Cávado.

O presidente da Câmara confirmou que a comissão “nos chamou a atenção de que havia um iato durante a hora de almoço, que causava dificuldades a várias pessoas”.

Além disso, o Município vai assegurar a redução de 50% no valor dos passes para quem for portador do cartão Porto. “De vez em quando, ouve-se falar em números fantasiosos”, refere Rui Moreira, estimando que “esta operação que estamos a fazer com a CIM e com Braga possa custar ao Porto, por ano, qualquer coisa como 30 mil euros”, que o autarca considera “um montante perfeitamente comportável”.

A medida será reavaliada com o Município de Braga ao fim de seis meses, de forma a que “possamos perceber se, em função desta nova oferta, vai haver mais procura”. Se houver, a Câmara do Porto está “disponível para reavaliar os meios disponíveis”.

No final da reunião, a representante da Comissão de Utentes da Linha Braga-Porto via A3 sublinhou "o cuidado que o Município do Porto teve connosco, em parceria com o Município de Braga, na reposição da linha”.

Confirmada, igualmente, a reposição de “um horário de ida e volta que era importante”, no período de almoço, Diana Vilar não deixou de referir que “se houvesse mais oferta, seria excelente porque, efetivamente, a procura é muita” e há pessoas que “foram optando por outros transportes”.

Do Porto a Braga num processo mais acelerado

Dessa grande procura pela Linha Porto-Braga, faz parte João Restivo. A viver na Invicta, o investigador faz deslocações diárias até ao Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia, na cidade bracarense, onde trabalha, e confirma que “quando soubemos que a linha ia ser suprimida suspensa, que foi extremamente repentino, ficámos sem alternativa que não fosse a viatura própria, com um custo muito mais elevado”.

No final da reunião com o presidente da Câmara do Porto, João Restivo enalteceu a resposta do município portuense, que permitiu “acelerar o processo”, porque “outras instituições que estavam envolvidas estavam a demorar muito a resolver” a questão.

“Achávamos que ia demorar semanas ou meses, e ficou resolvido num par de dias”, reconhece João Restivo, assim como a questão “já antiga” do preço dos passes para os residentes no Porto, “que era o dobro dos munícipes bracarenses, que já tinha o apoio da Câmara de Braga”.