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Assembleia quer Aleixo no TC

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O Relatório mandado elaborar por Rui Moreira ao contrato e sua execução com o Fundo do Aleixo foi esta noite apreciado em Assembleia Municipal e deverá ser enviado ao Tribunal de Contas (TC) e à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), segundo a proposta apresentada pelo Bloco de Esquerda e aprovada pelo plenário. A CDU queria também que fosse enviado à Procuradoria Geral da República, mas a moção foi chumbada.

Depois de uma longa noite de Assembleia Municipal no Porto, a moção apresentada pelo Bloco de Esquerda, que visava o envio do relatório executado pelo Departamento de Auditoria Interna da Câmara Municipal do Porto ao TC e à CMVM, foi aprovada com 20 votos a favor, 10 abstenções e 15 contra. Já a proposta da CDU foi rejeitada, tendo apenas recebido 7 votos favoráveis.

Rui Moreira dirigiu-se à Assembleia, lembrando que pediu o relatório para "melhor decidir" sobre o que fazer com o problema que encontrou ao chegar à Câmara. "O fundo estava em incumprimento e havia que tomar decisões porque, o que mais me interessa nesta matéria, são as pessoas que ainda habitam as torres, as que habitavam e agora estão espalhadas pela cidade e os que procuram uma casa de habitação social e não podem a ela aceder por não estar disponível", disse o autarca.

Bloco de Esquerda, Partido Socialista, Coligação Democrática Unitária e Independentes concordaram com a pertinência do pedido de relatório e apenas o PSD o atacou, centrando as críticas no auditor.

O Fundo do Aleixo foi criado no anterior mandato para resolver o problema do Bairro do Aleixo, mas não cumpriu os seus objetivos nem conseguiu entregar à Câmara as contrapartidas a que se tinha comprometido. Como disse o presidente da Câmara, "quanto aqui cheguei, sobre este assunto, sentia-me a navegar em nevoeiro, mas agora, pelo menos, sabemos que o percurso é difícil e onde estão as rochas. A navegação não vai ser fácil, mas conseguimos agora saber para que lado é a costa", afirmou Rui Moreira.