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Relatório de Sustentabilidade cimenta o Porto com alto índice de cumprimento da Agenda 2030

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Ao quarto ano consecutivo a apresentar o Relatório de Sustentabilidade, o Porto apresenta-se no grupo dos 10% de municípios com índice global mais alto à escala Norte e a nível nacional no que diz respeito ao cumprimento dos objetivos da Agenda 2030 das Nações Unidas. Documento apresentado nesta segunda-feira em reunião de Executivo orienta-se pelo mote “Cuidar do Porto. Cuidar do Mundo”.

Responsável por partilhar as principais conclusões, o diretor do departamento municipal de Economia da Câmara do Porto, Rui Monteiro, sublinhou que o Relatório de Sustentabilidade “consubstancia o caminho” trilhado pelo município “em linha com as melhores práticas internacionais”.

É neste contexto que surge a identidade “Porto. Futuro”, que leva a análise por quatro parâmetros basilares de ação: no Município, na Cidade, na Comunidade e no Ambiente.

Quanto ao primeiro ponto, e assumindo a missão de ser “uma autarquia sinónima de coesão social, competitividade económica, inovação, transparência e sustentabilidade”, o diretor municipal partilhou os dados da Universidade Católica Portuguesa que colocam a cidade do Porto, numa escala de 0 a 100, com 68.2 pontos do índice de sustentabilidade no que toca ao cumprimento das metas da Agenda 2030 das Nações Unidas.

“O Porto encontra-se, assim, no grupo dos 10% dos municípios com índice global mais alto à escala Norte e a nível nacional”, afirma Rui Monteiro.

Com cerca de 315 milhões de euros, “2020 ficou marcado pelo maior orçamento até à data”. A juntar a isso, e ainda dentro do desempenho do município, a Câmara do Porto assegurou que cerca de 73% do valor contratado respeitou critérios de sustentabilidade ambiental, social e/ou económica”.

Tornar o Porto uma cidade de todos

No que respeita à intervenção na cidade, o diretor do departamento de Economia assegurou que “estamos a trabalhar para tornar o Porto numa cidade de todos” e essa ação verifica-se em diversas áreas: nos mais de 7,84 milhões de euros em apoios a mais de 3.200 famílias, nos mais de 27 milhões de euros para aquisição e reabilitação de património habitacional, nos cerca de 525 mil euros destinados ao programa Porto de Tradição, assim como nas empresas e postos de trabalho apoiados pela linha Revitaliza Porto.

Foram ainda investidos 11,4 milhões de euros no âmbito da melhoria da mobilidade dos cidadãos, além da aposta na ordem dos 16 milhões de euros em projetos estruturantes como o Mercado do Bolhão, o Terminal Intermodal de Campanhã e o Batalha Centro de Cinema – tudo isto alinhado, refere Rui Monteiro, “com o compromisso de consolidação do tecido empresarial, do tecido social e urbano, materializado no novo Plano Diretor Municipal, centrado na qualidade de vida dos portuenses”.

O Relatório de Sustentabilidade destaca, ainda, a estratégia municipal para a integração de pessoas em situação de sem abrigo com o acompanhamento de 214 pessoas e o aumento de vagas em estruturas residenciais, além das refeições distribuídas nos restaurantes solidários.

“Em termos de serviço prestado aos nossos cidadãos”, continua Rui Monteiro, “destacamos o apoio às associações e entidades de cariz social e a intervenção social na comunidade”. Além disso, “saúde e bem-estar foi e mantém-se uma área nuclear, com destaque para a despesa associada à resposta à pandemia”, que ascendeu a 1,2 milhões de euros.

Desporto, cultura e juventude marcam também posição no relatório, com destaque para a importância do desenvolvimento da Estratégia para a Juventude do Porto 4.0.

Dar o exemplo e capacitar gerações futuras

O último pilar, o do Ambiente, destaca o reconhecimento do Porto como uma das 88 cidades com maior progresso na ambição da neutralidade carbónica. “Com vista a cumprir esta ambição”, relembrou o diretor do departamento de Economia, têm sido implementadas medidas como as instalações da Câmara do Porto consumirem eletricidade 100% de energia renovável, os nove milhões de euros investidos na melhoria da eficiência energética da habitação social e a eletrificação de 70% da frota automóvel municipal.

Além do forte investimento em áreas verdes e das 15 mil toneladas da recolha seletiva de resíduos, Rui Monteiro sublinhou que “o município tem realizado um esforço considerável na capacitação das gerações futuras no sentido de fomentar comportamentos e estilos de vida mais sustentáveis”.

Com este relatório, afirma o diretor municipal, “a sustentabilidade do município passa a ter um instrumento integrado para envolver todos os stakeholders”. No entanto, garante Rui Monteiro, “este relatório não termina aqui. Queremos posicionar cada vez mais a Câmara do Porto como um exemplo nestas matérias e, por essa razão, temos a intenção de continuar a trabalhar estrategicamente neste domínio no Plano da Ação 2030”.