Proteção Civil

Regimento de Sapadores Bombeiros aposta em tecnologia de ponta para responder a acidentes e catástrofes

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O segundo mais antigo corpo de bombeiros e o segundo maior do país constitui-se como uma unidade de referência na área da proteção e socorro em Portugal, não só pela sua competência técnica, mas também pela qualidade dos seus recursos humanos, materiais e instalações. O Regimento de Sapadores Bombeiros do Porto (RSB), com 296 anos de história, tem apostado no aumento da capacidade técnica e resposta aos munícipes em várias valências.

Atualmente, com cerca de 80 viaturas e 340 operacionais, o RSB possui diversos equipamentos, alguns deles únicos no país, como o "Hazmat", aparelho que incorpora uma biblioteca digital e que faz a leitura até dez mil substâncias de matérias perigosas, mediante a colocação de uma pequena amostra do produto no seu leitor.

"Não são as valências que, normalmente, temos mais ocorrências, mas é o que nos difere de outros corpos de bombeiros e de outros agentes de proteção civil", sublinha o comandante dos Sapadores do Porto, Carlos Marques.

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Ferramentas em berílio, metal que não provoca faíscas, evitando, assim, detonações, drones (um deles subaquático) para apoio às equipas de avaliação de evolução do teatro de operações, uma unidade cinotécnica, de busca e resgate, e de mergulho, para salvamento de vítimas e recuperação de cadáveres, são mais algumas das valências à disposição do RSB, que, nos últimos anos, e fruto do investimento municipal, viu renovada a sua frota e aumentado o número de operacionais.

"Estamos a falar num total de mais de 200 ocorrências anuais, nas valências mais específicas, num universo de mais de sete mil ocorrências anuais", acrescenta o comandante Carlos Marques.

Estamos a falar num total de mais de 200 ocorrências anuais, nas valências mais específicas, num universo de mais de sete mil ocorrências anuais

Entre todas elas destaca-se a intervenção em acidentes com matérias perigosas. Os Sapadores do Porto são a única corporação preparada para efetuar uma primeira intervenção, através do "Hazmat" – abreviatura do inglês "hazard metal" (matéria perigosa) –, que revela os respetivos componentes, para além de possuírem também um radiómetro, equipamento de deteção de gases e material de proteção respiratória.

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Já a equipa cinotécnica é um importante auxílio aos sapadores. Os "bombeiros de quatro patas" acompanham as equipas do RSB na busca e resgate de vítimas em cenários de desmoronamento, tal como aconteceu com o sismo, ocorrido em 2023, em Marrocos.

Para além dos cães, os operacionais têm ao dispor drones, para ambientes aéreos e subaquáticos. Fornecem imagens sem a necessidade de colocação de meios humanos em locais mais arriscados.

"Antes dos drones tínhamos de ir com alguém ao local. Num incêndio no topo de um edifício, por exemplo, em vez de ir uma pessoa arriscar a vida, com o drone conseguimos rapidamente ter uma imagem do que se passa e decidir", frisa o comandante do RSB.

No total 380 pessoas, entre bombeiros e funcionários civis, trabalham no quartel dos Sapadores Bombeiros do Porto, corporação que tem ganho múltiplos prémios, a nível nacional e internacional.

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