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Queima das Fitas traz novidades no cartaz e preocupações ambientais

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Filipa Brito

Mais de 50 artistas vão passar por três palcos instalados no Queimódromo. Esta é uma das muitas novidades da 101.ª Queima das Fitas do Porto, que decorre, este ano, entre os dias 7 e 13 de maio. Os artistas vão estar distribuídos, pela primeira vez, por três palcos - Palco Academia (o palco principal), Palco Secundário, com noites temáticas, e Palco Cultura, com maior destaque para o "stand-up comedy".

Outra das novidades vai para a presença, mais de 20 anos depois, da banda portuense Ornatos Violeta, cabeça de cartaz da primeira noite da Queima (de 6 para 7 de maio). Confirmados estão também os portugueses Chico da Tina, Slow J, Wet Bed Gang, Karetus, Quim Barreiros, T-Rex e Papillon.

O evento maior da academia vai receber mais de 50 artistas relacionados com música, dança, comédia e arte. "Partimos para a organização desta edição [de 2023], conscientes que tivemos uma edição de 2022 memorável e que nos traz mais responsabilidade e, portanto, isso trouxe-nos também a um investimento e melhorias no recinto, quer na sua disposição quer na oferta do cartaz", explicou, em entrevista à Agência Lusa, a presidente da Federação Académica do Porto (FAP).

"Com o reforço deste cartaz, esperamos bater um novo record e ultrapassar os ingressos do ano anterior e que já ficou marcada por uma das edições mais participadas de sempre", declarou Gabriela Cabilhas. Em 2022, a Queima das Fitas acolheu mais de 300 mil pessoas nas oito noites de festa, três noites das quais esgotaram.

Mais de 500 estudantes voluntários

Este ano, o evento vai contar com mais de 500 estudantes voluntários, envolvidos em diferentes áreas do saber e de diferentes escolas e faculdades. "Há uma comissão ambiental, outra ligada à prevenção de comportamentos de risco e apoio clínico, e este ano uma estreia, a comissão da transição digital. Temos estudantes que dão apoio nas atividades académicas como o Cortejo, a Missa da Bênção das Pastas e a Serenata", revelou a presidente da FAP.

A Queima do Porto continua também, segundo Gabriela Cabilhas, "alinhada com práticas de sustentabilidade na sua gestão e realização" e este ano vai haver reforço com o "Pacto da Queima das Fitas do Porto para o clima", um plano estratégico com metas a médio e longo prazo e a cooperação de vários parceiros, desde as barraquinhas, concessionários até às autoridades locais.

A priorização à acessibilidade gratuita de transportes coletivos de, e para, o Queimódromo para reduzir a pegada carbónica, a duplicação de casas de banho modulares ligados à rede de saneamento, gestão de resíduos, a introdução do sistema "cashless" em todas as áreas do recinto e a continua desmaterialização do serviço de bilhética são exemplos para aumentar a sustentabilidade ambiental do evento.