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Projetos de investimento na cidade do Porto duplicam no espaço de um ano

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A cidade recebeu, no ano passado, 18 novos projetos de investimento e tem outros 162 em fase de implementação a ser acompanhados pela InvestPorto, o que duplica os números de 2017. Os resultados estão expressos no Relatório de Gestão de 2018, que é apreciado na reunião de Câmara da próxima terça-feira.

O gabinete de atração de investimento criado no final de 2014 por Rui Moreira, "reforçou a sua atuação junto de investidores e empresas, procurando contribuir para a criação de um ecossistema mais dinâmico, inovador e competitivo", indica o documento.

Nos totais de 2018, "foram apoiadas 208 empresas, 88 das quais apresentaram novas intenções de investimento", representando na sua maioria novos projetos por parte de investidores não estabelecidos.

Uma parte significativa dos projetos apoiados (62%) são de âmbito internacional, sendo que França, Reino Unido, Alemanha e os EUA, são os mercados-líderes em 31 países com negócios na cidade.

Entre os setores que mais se evidenciam surgem as tecnologias de informação (TIC) e o real estate (imobiliário). Ainda assim, está a despontar uma nova tendência de pedidos de apoio à InvestPorto, "com especial enfoque nos serviços partilhados de maior valor acrescentado, turismo, energia e mobilidade, consultoria, saúde e ciências da vida".

No ano passado, o volume de projetos de investimento em fase de implementação ou de negociação (162) subiu 50% face ao final de 2017, "representando novos investimentos, mas também projetos de expansão de empresas já estabelecidas em setores de atividade que potenciam o crescimento do PIB da região, as exportações e a criação de emprego".

Nos contactos estabelecidos, o maior número de solicitações direcionou-se para o apoio à localização empresarial, informação e business intelligence, agilização de processos de licenciamento e articulação institucional.

O ano de 2018 foi também um ano de consolidação do gabinete InvestPorto, que alargou a sua atividade a duas novas áreas: aftercare e gestão de talento.

Os serviços de aftercare tiveram como foco as necessidades de investidores e empresas estabelecidas, "atuando na consolidação do investimento e apoio à facilitação do crescimento e desenvolvimento das empresas estabelecidas", tendo abrangido no seu ano de arranque mais de 27 entidades, explicita o relatório.

Por seu turno, os serviços de gestão de talento consistiram numa intervenção ativa da dinamização do talento da cidade, designadamente "através da promoção de iniciativas de captação e retenção de talento, especificamente direcionadas para a atração de investimento e fixação". Neste domínio, destaca-se a criação da Plataforma Porto for Talent, um instrumento que apoiou investidores e empresas no processo de captação e gestão de talento, amplamente promovido em diversos eventos setoriais, conferências e feiras de emprego.

As contas de 2018 do Município do Porto, onde se enquadra o balanço do InvestPorto, são apreciadas na próxima semana pelo Executivo municipal. No exercício do ano anterior, a taxa orçamental foi a maior dos últimos anos (84,2%) e o investimento também subiu para 59,6 milhões de euros, mais 17,7 milhões do que em 2017.