Ambiente

Projeto-piloto quer potenciar biodiversidade nas caldeiras das árvores

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“Caldeiras Vivas” é o projeto-piloto lançado pela Câmara do Porto que quer melhorar, de forma significativa, a vida da caldeira de uma árvore.

Lançado, em março passado, em 719 caldeiras de árvores, num total de 3 300 m2, o projeto foi implementado num conjunto diferenciado de arruamentos e promove o uso de espécies, na sua maioria autóctones, na caldeira da árvore.

Esta ação assume especial relevo no controlo natural de espécies invasoras, assim como de pragas, além de que é expectável que as caldeiras, enquanto espaços vivos, potenciem a biodiversidade, nomeadamente atraindo insetos polinizadores e promovendo um maior equilíbrio do agroecossistema.

Outra das mais-valias da iniciativa consiste na promoção de um melhor desenvolvimento do sistema radicular da espécie arbórea, o seu equilíbrio, com destaque para o enquadramento paisagístico e uma maior conservação da humidade.

Após esta fase piloto e confirmando-se os resultados positivos que são esperados, o projeto poderá ser expandido, o que irá alterar, significativamente, a estética da caldeira e, sobretudo, o benefício que pode proporcionar em termos de biodiversidade.

“Caldeiras Verdes” constitui, assim, mais um contributo daquilo que o Municpío do Porto tem vindo a desenvolver quanto à preservação/conservação da biodiversidade, aumento da taxa de sequestro de carbono na cidade, contribuindo para a sua neutralidade até 2030.

Recorde-se que, desde 2021, tem sido posto em prática no Parque Oriental um projeto de implementação de práticas de manutenção diferenciada de revestimento herbáceo, promotoras da biodiversidade, com especial enfoque na criação de condições para a atração e sustentabilidade de comunidades de insetos polinizadores.