Urbanismo

Projeto do Porto nomeado para Prémio de Arquitetura Mies van der Rohe 2019

  • Notícia

    Notícia

foto_elearning_cafe_botanico.jpg

O Jardim Botânico do Porto é candidato ao Prémio de Arquitetura Contemporânea da União Europeia Mies van der Rohe 2019, com a reabilitação da Casa Andresen, da Casa Salabert e das Estufas de Franz Koepp. O projeto é da autoria de Nuno Valentim (arquiteto que também assina o projeto de requalificação do Mercado do Bolhão), Frederico Eça e Margarida Carvalho. São ainda candidatos projetos do arquiteto portuense Francisco Vieira de Campos e do arquiteto Camilo Rebelo (em co-autoria) que assinou projetos para a Câmara do Porto.

A cidade do Porto figura entre a restrita lista de cinco nomeados a nível nacional para este conceituado prémio europeu de arquitetura. A seleção, feita por um júri convidado pela Ordem dos Arquitectos (OA), analisou 31 propostas e o veredito final foi ontem conhecido.

Com efeito, o projeto de reabilitação concluído no Jardim Botânico do Porto, nomeadamente nos dois edifícios principais e na sua estufa principal, cativou a equipa de jurados.

Nuno Valentim, que neste momento coordena também a equipa de arquitetos responsável pelo restauro do Mercado do Bolhão, reabilitou com Frederico Eça e Margarida Carvalho a icónica Casa Andresen, onde cresceu e viveu Sophia de Mello Breyner Andresen (bem como Ruben A.); a Casa Salabert, que toma o seu nome do francês Jean Pierre Salabert, fabricante de "chapéus finos" que comprou a Quinta Grande à Ordem de Cristo, em 1802 (assim era designado o espaço à altura); e, ainda, as Estufas de Franz Koepp, idealizadas pelo alemão que a Universidade do Porto contratou em 1949, após ter adquirido a quinta à família Andresen.

De acordo com a equipa de jurados, "as obras selecionadas pretendem representar a produção arquitetónica em Portugal no biénio 2017-2018, contemplando diversas tipologias e enquadramento territorial".

Entre os nomeados para aquele prestigiado prémio está também o projeto Promise - Casa do Caseiro, em Grândola, assinado pelo arquiteto  Camilo Rebelo (em co-autoria com Cristina Chicau e Patrício Guedes), que assinou para a Câmara do Porto projetos de remodelação e reabilitação do Museu Romântico ou do Museu do Vinho do Porto; bem como o hotel Casa do Rio, em Vila Nova de Foz Côa, do arquiteto portuense Francisco Vieira de Campos.

Os outros nomeados portugueses são o projeto da Faculdade de Arquitetura UCL, na Bélgica, pelo ateliê lisboeta Aires Mateus; e o Terminal de Cruzeiros de Lisboa, de Carrilho da Graça.

O Prémio de Arquitetura Contemporânea da União Europeia Mies van der Rohe, no valor de 60 mil euros, foi instituído em 1987 pela Comissão Europeia e pela Fundação Mies van der Rohe (em Barcelona) e é considerado um dos galardões de maior prestígio na área da arquitetura.
Na sua primeira edição, em 1988, foi atribuído a Álvaro Siza Vieira pelo projeto do Banco Borges & Irmão, em Vila do Conde. 

O galardão, atribuído de dois em dois anos, contempla também menções especiais no valor de 20 mil euros.