Cultura

Programa InResidence apoia seis novos projetos de residência artística

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Foi hoje aprovado em reunião de Câmara o apoio municipal a seis bolsas do programa municipal InResidence que, em 2019, terá novas residências artísticas.   

Circolando, Escola das Artes da Universidade Católica, mala voadora, Maus Hábitos, Rua do Sol e Sonoscopia são as instituições que vão receber apoio da autarquia para a realização de residências com artistas que atuam em várias áreas disciplinares, como performance, dança, música, fotografia, cinema, artes visuais e curadoria.

As primeiras residências têm início já em maio, na Escola das Artes e no Maus Hábitos, instituições que já acolheram residências no âmbito deste programa noutras edições.

Na Escola das Artes, Ana Vaz desenvolverá, até julho, um trabalho que parte de material audiovisual recolhido pela cineasta e artista brasileira na zona de Fukushima, após o acidente tóxico de 2011. O Maus Hábitos acolhe a artista visual e fotógrafa portuguesa Pauliana Valente Pimentel, que estará em residência entre maio e setembro. No seguimento do trabalho que tem vindo a desenvolver, a fotógrafa irá retratar jovens da cidade do Porto, procurando, através do registo de situações quotidianas, perceber como se move a juventude de hoje.

A mala voadora convida o espanhol Fernando Gandasegui a desenvolver, de julho a setembro, o projeto "El Resto". Constatando que a produção artística nunca resulta de um caminho linear em direção a um objetivo, Gandasegui irá adotar, à partida, um desvio de objetivo: sendo um artista vocacionado para a dramaturgia, propõe-se fazer uma cadeira.

Em residência na Rua do Sol de 1 de julho a 31 de agosto, Edgar Calel, nascido numa comunidade indígena na Guatemala, desenvolverá o seu trabalho a partir da problematização de questões de identidade, geografia e migração. A sua prática artística está fortemente ligada à tradição da cultura Maia e a diferentes formas de observar e experienciar o mundo.

O compositor e performer eletrónico norte-americano Lukas Ligeti vai criar, durante a residência que decorre de 22 de julho a 23 de setembro na Sonoscopia, uma peça para a orquestra robótica Phobos. Irá explorar as possibilidades de composição através da interação de uma máquina automática central com um conjunto de instrumentos convencionais e não convencionais operados por instrumentistas.

Por último, Maikon K, nome consagrado da performance no Brasil, estará em residência no espaço Circolando de 29 de agosto a 29 de outubro, onde investigará ritos e imagens ligados à ideia de atingir o êxtase. A pesquisa será compartilhada em duas vivências abertas ao público e apresentará, como resultado final, uma performance inédita.

Esta é a terceira edição do programa Inresidence, que atribui bolsas destinadas à realização de projetos de residência artística, com a duração mínima de dois meses em espaços culturais não municipais integrados, com valores de financiamento que variam entre os 4 e os 6 mil euros. Até à data já foram apoiados 11 residências artísticas - cinco em 2017 e seis em 2018. O programa integra a PLÁKA, plataforma que consubstancia a política municipal de apoio à prática artística contemporânea no Porto.