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Primeiro banco institucional de criptomoedas do mundo volta a contratar para o Porto

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O Anchorage Digital Bank, plataforma que permite aos bancos a criação de produtos com mais de 100 criptomoedas, é a primeira instituição financeira regulamentada nos Estados Unidos para gerir estes bens digitais. Em junho, o banco fundado por um português contratou engenheiros de software no Porto. Depois abriu um escritório físico na cidade. E agora quer contratar mais.

As vagas, que deverão duplicar a equipa já existente até ao final do ano, são nas áreas de apoio ao cliente, gestão do produto, backend engineering, engineering manager e operations associate. Além do Porto, onde o foco está no desenvolvimento de produtos e de engenharia, a empresa tem outros três escritórios nos Estados Unidos.

Fundada em 2017 por Diogo Mónica e o norte-americano Nathan McCauley, a Anchorage tornou-se numa instituição regulamentada pelo Office of the Comptroller of the Currency (OCC), órgão independente do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, o que a deixa em equivalência com qualquer outro banco tradicional.

Citado pelo Dinheiro Vivo, o português explica o serviço prestado pela fintech [empresa de tecnologia financeira]: "Se for um banco e quiser comprar uma bitcoin diretamente numa aplicação bancária, vai à Anchorage e damos capacidade para fazer custódia das chaves privadas e partes técnicas. Também passa a ser possível a compra e venda destes ativos pelo banco”.

Sublinhando a importância de terem aberto um escritório no Porto “durante uma pandemia”, Diogo Mónica destaca a felicidade de poder “fazer uma aposta muito grande no talento português”.

Com mais de 15 anos de experiência em segurança informática e o seu nome na lista da "Fortune" como um dos talentos (sub-40) mais promissores no mundo financeiro, tem “muito para dar de volta” ao seu país. “Daqui a 10 anos, Portugal vai ser um grande hub empreendedor na Europa; sinto que tenho um segredo que mais ninguém tem”, garante.

Já em entrevista à norte-americana "Forbes", em junho de 2020, Diogo Mónica destacava o país como tendo “alguns dos melhores grupos de pesquisa de sistemas distribuídos do mundo”. “Qualquer coisa que tenha a ver com blockchain é muito emocionante lá”, sublinhava.

Além de ser uma porta de entrada dos bancos, a Anchorage permite, ainda, guardar criptomoedas ou até abrir contas de depósito a prazo, com “um retorno de investimentos em bitcoin entre 5 e 7% todos os anos”, afirma Diogo Mónica.

Para breve está uma ronda de investimento, em série C (cujo objetivo é acelerar o crescimento da empresa), depois de já ter conseguido, nas séries A e B (onde se procura impulsionar a escala de produção e expandir o negócio), cerca de 47 milhões de euros.