Proteção Civil

Prevenção impera nas cheias

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Nas zonas ribeirinhas do Porto está tudo a postos para receber as águas do Rio Douro, que ameaçam galgar as margens. Capitania do Porto do Douro, serviços de Proteção Civil da Câmara, Polícia Municipal e presidentes da Câmara do Porto, Gaia e Gondomar reuniram-se ao final da tarde no Centro de Previsão e Prevenção de Cheias para avaliar a situação. As conclusões foram no sentido de, provavelmente, durante esta noite, haver água fora das margens nas zonas mais baixas e que, em Miragaia, o nível poderá atingir um metro acima da soleira das portas. 

(ESTA INFORMAÇÃO ENCONTRA-SE ATUALIZADA ÀS 22,00 HORAS)


A Câmara do Porto avisou comerciantes e moradores, ajudou no
transporte de bens para sítio seguro no edifício da Alfândega e na
transferência de carros para o parque de estacionamento municipal.


A água proveniente das barragens do Douro atingirá, nas
zonas ribeirinhas o seu auge entre as 23 horas e as quatro da madrugada e o seu
escoamento é dificultado pela maré alta, cerca das 3,15 horas.


Rui Moreira acompanhou os preparativos e a serenidade e até
naturalidade com que o fenómeno é acompanhado e prevenido pelas populações: "não
há qualquer situação de alarme, mas apenas de alerta. É importante que
estejamos seguros de ter todos os meios à disposição para ajudarmos as pessoas
a minimizar os prejuízos, mas muitas delas estão já preparadas para situações
deste género que acontecem há muitos anos e gerações", afirmou o presidente da
Câmara do Porto desdramatizando a situação.


Ainda assim, aconselha-se a que as populações se mantenham
informadas acerca do desenrolar dos acontecimentos, quer através da comunicação
social quer através do site www.porto.pt que
cedo começou a acompanhar a situação.


Segundo dados recolhidos no Centro de Previsão e Prevenção
de Cheias do Douro, situado no Porto, a quantidade anormal de água é
proveniente do próprio rio e afluentes do lado de Portugal, devido aos elevados
níveis de pluviosidade dos últimos dias, mas as autoridades mantêm-se em
contacto permanente com as suas congéneres espanholas, por forma a prevenir
eventuais descargas anormais das barragens do outro lado da fronteira.


Nova avaliação da situação deverá ser feita apenas depois da
meia-noite.


A última cheia que atingiu as margens do Douro na zona ribeirinha do Porto ocorreu em 2006 e em 2013 esteve iminente uma nova inundação, mas as cheias mais marcantes ocorreram em 1909, ano em que causaram elevados prejuízos materiais, numa altura em que não existiam ainda barragens ao longo do Rio Douro. Nessa altura, o nível das águas ficou a escassos 80 centímetros do tabuleiro inferior da Ponte Luís I, que chegou a ter programada a sua desmontagem.