Prevenção impera nas cheias
Notícia
Nas zonas ribeirinhas do Porto está tudo a postos para receber as águas do Rio Douro, que ameaçam galgar as margens. Capitania do Porto do Douro, serviços de Proteção Civil da Câmara, Polícia Municipal e presidentes da Câmara do Porto, Gaia e Gondomar reuniram-se ao final da tarde no Centro de Previsão e Prevenção de Cheias para avaliar a situação. As conclusões foram no sentido de, provavelmente, durante esta noite, haver água fora das margens nas zonas mais baixas e que, em Miragaia, o nível poderá atingir um metro acima da soleira das portas.
(ESTA INFORMAÇÃO ENCONTRA-SE ATUALIZADA ÀS 22,00 HORAS)A Câmara do Porto avisou comerciantes e moradores, ajudou no
transporte de bens para sítio seguro no edifício da Alfândega e na
transferência de carros para o parque de estacionamento municipal.
A água proveniente das barragens do Douro atingirá, nas
zonas ribeirinhas o seu auge entre as 23 horas e as quatro da madrugada e o seu
escoamento é dificultado pela maré alta, cerca das 3,15 horas.
Rui Moreira acompanhou os preparativos e a serenidade e até
naturalidade com que o fenómeno é acompanhado e prevenido pelas populações: "não
há qualquer situação de alarme, mas apenas de alerta. É importante que
estejamos seguros de ter todos os meios à disposição para ajudarmos as pessoas
a minimizar os prejuízos, mas muitas delas estão já preparadas para situações
deste género que acontecem há muitos anos e gerações", afirmou o presidente da
Câmara do Porto desdramatizando a situação.
Ainda assim, aconselha-se a que as populações se mantenham
informadas acerca do desenrolar dos acontecimentos, quer através da comunicação
social quer através do site www.porto.pt que
cedo começou a acompanhar a situação.
Segundo dados recolhidos no Centro de Previsão e Prevenção
de Cheias do Douro, situado no Porto, a quantidade anormal de água é
proveniente do próprio rio e afluentes do lado de Portugal, devido aos elevados
níveis de pluviosidade dos últimos dias, mas as autoridades mantêm-se em
contacto permanente com as suas congéneres espanholas, por forma a prevenir
eventuais descargas anormais das barragens do outro lado da fronteira.
Nova avaliação da situação deverá ser feita apenas depois da
meia-noite.