Cultura

Presidente da República visitou Feira do Livro e ficou encantado com o que viu

  • Paulo Alexandre Neves

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Este ano não foi no dia da inauguração, por questões de agenda, mas o Presidente da República manteve a tradição de visitar a Feira do Livro do Porto. Percorreu todos os stands, visitou a exposição "Pina Germano", na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, teve tempo para responder aos jornalistas, tirar selfies, comprar (muitos) livros e até satisfazer a curiosidade de quem lhe ia perguntando quantos livros já tinha na sua coleção: "para cima de 300 mil".

Marcelo Rebelo de Sousa, acompanhado do presidente da Câmara, Rui Moreira, gostou do que viu. "É um salto qualitativo espetacular. Na organização, na qualidade dos stands, na circulação e, sobretudo, no número e nível de presenças", sublinhou.

"É muito impressionante, comparando com anos anteriores, obra do presidente da Câmara [Rui Moreira], ver este salto qualitativo, acompanhado do salto do número de pessoas presentes. Em anos anteriores não havia este mar de gente e, sobretudo, com as crianças a mandarem. Elas mandam na Feira do Livro. As crianças, os jovens, depois os pais e os avós que vem a reboque. Isso dá uma animação, alegria, uma ideia de futuro espetacular", acrescentou o chefe de Estado.

"Uma exposição muito bonita, muito afetiva"

Antes mesmo de percorrer os stands de mais de uma centena de editoras, livreiros e alfarrabistas, que ocupam a Avenida das Tílias, Marcelo Rebelo de Sousa visitou a exposição temporária "Pina Germano", patente no Gabinete Gráfico da Biblioteca Municipal Almeida Garrett. Contando com curadoria do diretor do Museu e Bibliotecas do Porto, Jorge Sobrado, e de Rita Roque, esta exposição está enquadrada no programa de homenagem que a 10.ª edição da Feira do Livro dedica ao poeta Manuel António Pina.

Aqui, também na companhia do jornalista Germano Silva, o Presidente da República ficou a conhecer a vida, obra e, sobretudo, a amizade que uniu os dois jornalistas do Jornal de Notícias. "Esta é uma exposição muito bonita, muito afetiva", frisou Marcelo Rebelo de Sousa.

Depois, lá seguiu para o recinto da Feira do Livro. E aí foi comprando todo o género de livros, entre selfies e apartes, por exemplo, de quem quis saber quanto livros tinha na sua coleção. "Para cima de 300 mil", revelou. Muitos deles estão depositados, por questões afetivas, na Biblioteca Municipal de Celorico de Basto, batizada com o seu próprio nome. Outros vão, agora, da Feira do Livro do Porto diretamente para o Palácio de Belém, como a coleção de três volumes "Os Primeiros-Ministros de Portugal 1820-2020", edição da Imprensa Nacional Casa da Moeda.

"Dou prioridade à Feira do Livro do Porto"

Entre o "Sono para medicina geral e familiar", passando por "A democracia e o Estado em Portugal – Para pensar uma reforma", de Manuel Braga da Cruz (UCP Editora), mas também o livro comemorativo dos "75 anos do Cineclube do Porto" tudo serviu para conversa com editores, livreiros e alfarrabistas.

E houve ainda tempo para Marcelo Rebelo de Sousa surpreender a pequena Francisca, indecisa entre livros para crianças, oferecendo-lhe o que ela quisesse. A escolha recaiu em "Jogos Rápidos". Mas o chefe de Estado também foi surpreendido por Rui Moreira, que lhe ofereceu "O Porto Literário", projeto do jornal Público, em parceria com a editora A Bela e o Monstro e que conta com o apoio do Museu e Bibliotecas Municipais do Porto.

Aos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa deixou uma garantia: "Logo que o presidente Rui Moreira defina a data da abertura, no ano que vem, programo a minha vida. Dou prioridade à Feira do Livro do Porto".