Urbanismo

Prepara-se novo impulso para acelerar a reabilitação urbana de Campanhã

  • Notícia

    Notícia

#mno_apresentacao_matadouro_cor_01.jpg

O Executivo Municipal vota na próxima segunda-feira mais duas importantes medidas que complementam a estratégia de regeneração urbana da zona mais oriental da cidade: o projeto da ORU (Operação de Reabilitação Urbana) da Corujeira e a criação da ARU (Área de Reabilitação Urbana) de Azevedo de Campanhã.

O período de discussão pública para a criação da ORU da Corujeira terminou sem que fossem "registadas quaisquer participações", tendo também obtido "parecer favorável" do IHRU - Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, adianta a proposta do vereador do Urbanismo, Pedro Baganha, que será apreciada em reunião de Câmara, no dia 23.

Com este instrumento urbanístico, o Município do Porto reconhece a necessidade de promover ações de reabilitação e regeneração urbana na zona da Corujeira, quer "pela insuficiência, degradação ou obsolescência do edificado" quer "das infraestruturas, dos equipamentos ou dos espaços de utilização coletiva".

Esta decisão sucede à nova delimitação da Área de Reabilitação Urbana (ARU) da Corujeira, aprovada em maio pela Assembleia Municipal (o mesmo órgão autárquico terá de se pronunciar sobre o projeto da ORU, se este for aprovado na próxima segunda).

Para a ORU da Corujeira, a Câmara do Porto identificou dez projetos estruturais, designadamente: o Matadouro Industrial do Porto; a Praça da Corujeira; a Rua de São Roque da Lameira e o eixo complementar a Sul; a reabilitação do edificado e do parque habitacional público municipal; o corredor ecológico da Corujeira; o Monte da Bela; a Alameda de Cartes / Contumil; o parque de recolha da STCP e a Fábrica "A Invencível"; o fortalecimento da coesão social e económica e o Laboratório Vivo para a inovação no espaço urbano.

Azevedo de Campanhã vai ter ARU

A aposta do Município do Porto no desenvolvimento económico e na coesão social e territorial da freguesia de Campanhã acompanha uma estratégia de planeamento urbano em curso desde 2015.

Teve como ponto de partida a criação da ARU de Campanhã-Estação, consolidando-se a estratégia com a formação da respetiva ORU. O mesmo método foi seguido para a Corujeira, território para onde está iminente aprovação da Operação de Reabilitação Urbana (recorde-se que a primeira ARU da Corujeira foi aprovada em fevereiro de 2018; mais recentemente, em maio de 2019, os órgãos autárquicos aceitaram uma nova delimitação, com o objetivo de acelerar a reabilitação urbana desta área).

O Masterplan Estratégico para Campanhã contempla também a criação da ARU de Azevedo de Campanhã, cujo estudo, aliás, foi tacitamente incentivado pelo Executivo Municipal em maio do ano passado.

Feito o estudo aprofundado do local pelos serviços municipais do Urbanismo, Pedro Baganha está agora em condições de apresentar ao Executivo Municipal a proposta de delimitação da ARU de Azevedo de Campanhã.

O território compreende uma área total de 185 hectares, encaixado entre os vales dos rios Tinto e Torto e, em certo sentido, está "segregado do restante contínuo urbano da cidade", indica a proposta do vereador do Urbanismo. Além disso, a zona de Azevedo de Campanhã tem ainda características vincadamente rurais, o povoamento apresenta-se em aglomerados dispersos, notando-se ainda a "deficiente implantação de algumas infraestruturas urbanísticas básicas".

A aposta do Executivo Municipal na reabilitação urbana de Campanhã está a surtir os pretendidos efeitos junto dos agentes económicos. Segundo um estudo recente, a freguesia mais oriental do Porto já lidera os processos de regeneração urbanística.